O Sindicato dos Médicos da Zona Centro faz “alerta” público sobre o Hospital de Aveiro.
Revela que os médicos do hospital de Aveiro “têm feito chegar ao sindicato várias situações irregulares e queixas de um clima de constrangimento e intimidação que compromete a prestação de cuidados de saúde aos utentes”.
Representantes sindicais do SMZC reuniram com os médicos e em seguida com o Conselho de Administração na pessoa da presidente, Margarida França, e do diretor clínico, José Luís Brandão, mas sem “soluções imediatas ou concretas”.
“Tem sido frequente a existência de falhas nas escalas de atendimento de urgência geral com sobrecarga dos especialistas escalados para trabalho diferenciado seja de cirurgia, seja de Medicina Interna”, relata o Sindicato.
O número de especialistas (nomeadamente cirurgiões) não estará de acordo com o determinado pela Ordem dos Médicos para suprir com segurança as necessidades de uma população com esta dimensão.
“Tal implica uma sobrecarga incomportável “para médicos com tempos de espera exagerados para os utentes” e há informação sobre a saída de vários médicos.
“Têm abandonado o Hospital de Aveiro e o SNS, quer médicos do quadro quer médicos em prestação de serviços na urgência, devido às más condições de trabalho, não aceitando continuar a pôr em risco a saúde dos doentes”.
Outra das queixas é dirigida para a falta de resposta à lista de espera para cirurgias.
“Também não se compreende como existindo lista de espera de cirurgias eletivas são impedidos cirurgiões de realizar cirurgias adicionais para dar resposta, como represália contra a sua escusa de responsabilidade em trabalhar nestas condições na urgência”.