O Reitor da Universidade de Aveiro concorda com a abordagem do plano Costa e Silva ao futuro da educação como pilar nas políticas do país para a próxima década.
Na opinião de Paulo Jorge Ferreira, é necessário pensar em soluções formativas mais curtas, flexíveis e interdisciplinares e reconfigurar a formação avançada, melhorando a ligação com o tecido empresarial.
O artigo, mensal, do JN, aborda o Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal que atribui um papel decisivo à qualificação e ao conhecimento.
Paulo Jorge Ferreira concorda com a visão de Costa e Silva que vê o défice de qualificação como "um dos problemas estruturais mais persistentes do país e que condiciona significativamente os níveis de produtividade e crescimento económico e a capacidade de inovação e adaptação à mudança".
“A qualificação é uma necessidade permanente, num Mundo em rápida mudança. Não bastam os diplomas tradicionais, como os de licenciatura e mestrado. São também necessárias soluções formativas mais curtas, flexíveis e interdisciplinares, capazes de dar resposta às necessidades de atualização, aperfeiçoamento ou reconversão de competências”, refere o Reitor.
O Reitor destaca a “necessidade de investir nas empresas e na transição digital, modernizando os processos de trabalho e produção”.
Refere que as Instituições de Ensino Superior são capazes de contribuir de forma decisiva, reconfigurando a sua formação avançada, melhorando a ligação com o tecido empresarial e ajudando a criar mais projetos conjuntos de alto valor acrescentado.
“Todas estas adaptações implicam uma relação de grande proximidade entre as IES, o mercado de trabalho, o setor empresarial e as regiões. Afinal, a competitividade do país diz respeito a todos, e justifica plenamente um alinhamento coletivo de vontades”.