Aveiro surge na lista de municípios que presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal diz terem organizações pró-russas a receber refugiados vindos da Ucrânia.
Depois do caso de Setúbal, surgiram informações sobre Aveiro, Gondomar e Albufeira onde a associação diz estarem a trabalhar cidadãos pró-russos no acolhimento a refugiados de guerra.
Pavlo Sadokha explica que estas organizações, das quais fazem parte russos e ucranianos pró-Moscovo, são reconhecidas pela embaixada da Rússia em Portugal.
"Eles enganaram sempre a comunidade ucraniana e portuguesa. Na verdade são pró-russos", explicou o responsável da Associação dos Ucranianos em Portugal, entidade que desde 2014 tem vindo a alertar o Alto Comissariado das Migrações para o facto de estar a reconhecer como ucranianas as forças pró-russas "diretamente ligadas ao presidente Vladimir Putin".
"Pedimos para alterarem esta situação", avançou Pavlo Sadokha, segundo o qual o que se passa agora em Setúbal não é inédito. Também em Gondomar, Aveiro e Albufeira estarão a acontecer situações semelhantes, sendo que, destas regiões, apenas o autarca algarvio tomou a iniciativa de contactar a Associação dos Ucranianos em Portugal e decidiu fazer alterações no processo de receção dos refugiados.
Nesta lista está a associação de apoio ao imigrante de São Bernardo que Pavlo Sadokha diz estar “diretamente ligada à embaixada russa e registada numa fundação do Governo russo”.
Esta associação colaborou no envio de ajuda humanitária para as fronteiras da Ucrânia.
Ribau Esteves já tinha assumido, em Assembleia Municipal, esta situação, declarando que a autarquia tinha investido dinheiro em associações de ucranianos pro-russos” (com áudio).
No entanto, o autarca desmente que tenha colocado russos pró-Kremlin a receber refugiados ucranianos.