Aveiro integra a Rede de Cidades Criativas apresentada ontem em Óbidos.

Realizou-se ontem na Livraria da Adega do Espaço Ó, em Óbidos, o lançamento do Programa Estratégico da Rede de Cidades Criativas, com a presença do Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Sousa, a Presidente da CCDRCentro, Ana Abrunhosa, o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, Presidentes e Vereadores de todas as Câmaras Municipais que integram esta Rede.

A Rede de Cidades Criativas que integra 14 Municípios portugueses de pequena e média dimensão - Abrantes, Águeda, Aveiro, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Évora, Fundão, Guimarães, Montemor-o-Novo, Óbidos, Penela, Pombal, São João da Madeira e Tavira -, é liderada pelo Município do Fundão, e tem como objetivo a definição e implementação de políticas públicas na área da criatividade e inovação.

A criação da Rede de Cidades Criativas, um ecossistema de experimentação de políticas públicas, assenta na conceptualização, adoção e aplicação destas políticas de inovação aplicadas aqui em contexto municipal de uma forma abrangente e integrada em todo o território nacional, disseminando as suas melhores práticas.

Este evento de 31 de março, teve como objetivo a apresentação do Programa Estratégico, elaborado numa lógica de estratégia/ação em que, para além da identificação das áreas temáticas a desenvolver, ousa dar exemplos de ações concretas que podem ser realizadas pelos parceiros. Estas sugestões de ações pretendem ser mecanismos que os municípios possam utilizar rapidamente para começar a trabalhar a agenda da criatividade e inovação. Este Programa identifica um conjunto de plataformas de inovação que devem ser o objeto de trabalho da rede e dos seus parceiros. A saber: Educação para a criatividade e inovação: Inclusão da educação criativa no programa das escolas, de reavaliação cientifico-pedagógica e desenvolvimento de atividades de educação criativa através das artes e sector cultural; conjunto de parcerias com a indústria e serviços para identificar e introduzir competências necessárias, preenchendo lacunas e aumentando os seus desempenhos. Empreendedorismo e Investimento de Base Criativa: Inclusão de atividades direcionadas ao apoio de sectores estratégicos e para aumentar as capacidades dos negócios criativos; desenvolvimento de mercados e encorajar a colaboração; identificação de investimentos-alvo e atividades tendo em vista o aumento da facilidade de investimento. Convergência criativa: Inclusão de atividades que ligam negócios criativos a outros sectores para aumentar a inovação e desempenho em sectores como o turismo; investigação e projetos-piloto que liguem empreendedores criativos, especialistas em tecnologia através do papel de incubação das universidades. Participação pública: Criação de um novo paradigma de gestão pública assente na participação dos cidadãos; ativação da comunidade para definição, solução e resolução de desafios da sociedade. Liderança criativa: Atividades de desenvolvimento profissional para city-makers (executivos municipais e técnicos) – estruturadas sobre a forma de masterclass e formações. Talento e criatividade: Programas e ações de atração e desenvolvimento de talento e competências no setor criativo e tecnológico. Abordagens integradas de gestão do talento em territórios de baixa densidade. Paralelamente ao Programa Estratégico da Rede, que tem uma abordagem macro, foi apresentado também o Modelo dos Planos Municipais de Inovação, cujo objetivo é o desenvolvimento de políticas locais de inovação através desta ferramenta tangível, fundamental para que os Municípios consigam implementar nos seus territórios ecossistemas de inovação e criatividade, que se assumam como geradores de sinergias positivas e soluções aplicáveis aos grandes problemas e desafios que se colocam hoje no panorama municipal nacional.

 

Texto: CMA