Aveiro quer estudar o “Sistema de Gestão de Níveis nos Canais Urbanos da Cidade de Aveiro” e encomendou à empresa Sisidro pelo valor de 30.750€ um levantamento.
Autarquia e Agência Portuguesa do Ambiente definiram os termos de referência deste estudo elaborados pela equipa técnica da APA, que acompanhará a execução do estudo com a CMA.
Concluída essa etapa, os termos de referência chegaram às mãos da autarquia em Agosto e agora o trabalho vai para o terreno.
A empresa agora contratada para a realização do referido parecer tem a coordenação técnica de Carmona Rodrigues e teve por base um trabalho exaustivo para conhecimento da realidade dos Canais Urbanos da Ria de Aveiro, realizado no âmbito da Revisão do PDM de Aveiro.
O estudo em causa, que tem um prazo de execução de 7 meses, vai contemplar a recolha de elementos e a caracterização do risco de cheias e inundações da Cidade de Aveiro, e das características geográficas dos espaços mais suscetíveis a este fenómeno natural.
Além de garantir conhecimento sobre o dimensionamento e o estado de conservação, a autarquia avança ao nível da caracterização das cheias e inundações ocorridas na cidade de Aveiro.
E perspetiva os níveis máximos previsíveis de água na Ria de Aveiro (aferição de caudais máximos de cheia fluvial para tempos de retorno de 100 anos) e a sua incidência nas zonas próximas da Cidade onde se localizam os canais urbanos.
Este é um tema que tem merecido análise a propósito dos debates sobre alterações climáticas, sobre projetos com o Rossio e as apostas para os terrenos da antiga lota.
Dá ferramentas sobre a implementação de um sistema de aviso e alerta com o objetivo de evitar e minimizar os efeitos expectáveis nas margens dos canais e noutros locais que possam ser afetados e o desenvolvimento de um modelo de previsão de níveis em tempo real.
A autarquia espera ainda garantir dados que permitam a redefinição da linha do domínio público hídrico, retirando-a das áreas urbanas da Cidade de Aveiro e colocando-a na linha exterior do sistema de eclusa e comportas, e estrada-dique.
Diz tratar-se de uma forma de tentar acabar com o pagamento da Taxa de Recursos Hídricos pelos proprietários em áreas urbanas da Cidade de Aveiro.
Durante o estudo e no final dos trabalhos serão divulgada informação em sessões públicas.