A existência do que resta de portagens na A25 continua a perturbar a vida em Cacia e as eleições não passam ao lado do tema.
Luís Souto Miranda foi à apresentação da recandidatura de Nelson santos e admite que as conquistas em 8 anos de governação ficam ensombradas pela existência de um problema que se arrasta no tempo e que só o Governo poderá fechar.
A candidatura diz que vai estar na “primeira linha da defesa dos interesses da população de Cacia e Aveiro num assunto que ainda permanece sem resolução e que necessita desse entendimento, que é o da abolição das portagens na A25, essenciais para o desenvolvimento regional”.
O desenvolvimento da Área de Localização Empresarial – Aveiro Norte, a continuidade de obras das piscinas e do mercado, a ligação da Ponte da Refer à rua Dr. Marques da Costa, em Sarrazola, que está em execução de projeto, a concretização da instalação do posto náutico no Rio Novo do Príncipe e a valorização do Baixo-Vouga lagunar são apostas da Aliança mais Aveiro.
Nélson Santos afirma essa gestão de “continuidade” como marca da AD.
“Temos obras anunciadas, projetos planeados, compromissos assumidos — e que, connosco, são para cumprir. Porque Cacia merece. E o nosso povo também. Aprendi que um político sério é aquele que diz a verdade, mesmo que ela custe a ouvir. Agora aparece um jovem candidato a prometer resolver tudo. Mas, muitas vezes, quase sempre, nem sabe do que fala. Se os problemas fossem fáceis de resolver, nós já os teríamos resolvido. A nossa candidatura fala a verdade”.
Sobre as portagens admite que Caca “é, provavelmente, a freguesia mais castigada pelos pórticos da A25”.
“Sem portagens, não há o caos da Quintã. Não há filas às 8h nem entre as 17h e as 19h. Este é um problema que temos de enfrentar juntos”.
Luís Souto Miranda deixou palavra sobre habitação.
No momento em que está debaixo de fogo pelo legado de Ribau Esteves, para quem a estratégia local de habitação não foi prioritária, a candidatura diz que há margem para melhorar.
“Uma palavra sobre habitação. Este é um assunto relevante para Cacia, Aveiro, no país e na Europa. Ninguém tem uma solução mágica. Não podemos, por isso, brincar com o tema e fazer propostas para ficar bem na fotografia e, de forma irresponsável, lançar ideias que só favorecem a especulação e que não resistem ao mais simples exercício de fazer contas, como fez o PS. Como se dizia antigamente, é só fazer a prova dos nove, mas infelizmente o PS não sabe fazer contas, ou melhor, sabe fazer a subtração que resulta no saldo negativo, na dívida sem controlo”.