Arquivo Municipal já está online.

A Câmara de Aveiro (CMA) disponibiliza, a partir de hoje, a sua plataforma de gestão de Arquivo Municipal.

Os utilizadores podem aceder a partir do endereço http://arquivo.cm-aveiro.pt e terão acesso à documentação já tratada digitalmente.

Investimento de 80.000€, a que se soma o trabalho da Equipa de Profissionais da CMA que desenvolveu as tarefas que possibilitam a ativação deste Serviço.

Nos últimos dois anos, este trabalho de organização, classificação e recondicionamento, resultou na digitalização de um volume significativo de documentos.

A 26 de janeiro assinala-se a primeira menção escrita a Aveiro, no testamento que a Condessa Mumadona Dias fez ao Mosteiro de Guimarães, no ano de 959, há 1064 anos.

Ao realizar a publicação desta plataforma de gestão de arquivo neste dia, a Câmara quer, também, celebrar esta primeira referência escrita e documental a Aveiro.

O utilizador tem acesso a diversos modos de pesquisa que, combinando um conjunto alargado de critérios, lhe permitirão navegar pela documentação.

Já a consulta presencial, sendo livre, depende de fatores como o estado de conservação dos documentos, o fim a que se destina a pesquisa e as obrigações legais que a regulamentam, podendo ser feita no Atlas Aveiro – Edifício Fernando Távora.

O Arquivo possui, nos seus fundos, diversa documentação de importância, quer histórica quer artística.

Destacam-se o mais antigo livro de atas da Câmara Municipal, em posse desta autarquia, que se iniciou a 1 de julho de 1555; o traslado do foral da então vila de Aveiro, feito em 1633 a partir do original de 1515; a Carta da Cidade, de 11 de abril de 1759; a bula papal (Pio II) que autorizou D. Mécia Pereira e D. Beatriz Leitão a fundarem o Convento de Jesus (16 de maio de 1461); a carta da infanta D. Joana, assinada, em que esta expressa a vontade de deixar os seus bens ao mesmo Convento de Jesus (18 de setembro de 1479); uma coleção de antifonários com alguns exemplares executados no scriptorium do Convento de Jesus e, destes, 13 datados de finais do século XV / início do XVI, assinados ou atribuíveis a duas das primeiras freiras do cenóbio (Maria de Ataíde e Isabel Luís); o foral manuelino de Esgueira, atribuído por D. Manuel I no dia 8 de junho de 1515; diversa documentação das duas sociedades que, inicialmente, geriram o Teatro Aveirense, de onde se destaca um conjunto de plantas, alçados e cortes; coleções de fotografia, de onde se destacam os núcleos de produção própria da autarquia e o da família Campos Graça.

Com 2681,30 metros lineares de documentação, o Arquivo Municipal é composto, por fundos diversos da CMA, onde se integra a Imagoteca, o Museu de Aveiro / Santa Joana e o Teatro Aveirense.

Do volume documental serão agora disponibilizados 27 fundos e coleções, que representam, já, 15.318 registos de descrição, 3.548 documentos digitalizados, num total de 113.228 ficheiros que se traduzem em 4.021 GB (gigabytes) de dados armazenados.