Três antigos alunos da Universidade de Aveiro estão a desenvolver uma plataforma para apoio a clínicas e hospitais veterinários que permite mais eficiência no tratamento e maior aproximação entre os clínicos e os donos dos animais. Pet universal foi o nome dado à ideia de negócio instalada na Incubadora de Empresas da UA (IEUA).
A solução permite a gestão automática de checkin, chekout com questionário de satisfação, gestão de internamentos e acompanhamento de medicação. Mas, há também uma vertente destinada a donos de animais, com histórico de tratamentos, e uma outra de apoio a necessidades de abrigo.
A Pet universal é uma ideia de negócio promovida por Luís Pinto, 29 anos, mestre em Engenharia de Computadores e Telemática pela UA, Susana Costa, 29 anos, mestre em Engenharia e Gestão Industrial, também, pela UA, e Vítor Martins, 24 anos, ex-aluno de Luís Pinto no curso Programação de Sistemas de Informação, curso TeSP da Escola Superior de Gestão de Tecnologia de Águeda (ESTGA), unidade politécnica da UA.
Recentemente, a Pet universal começou a comercializar, depois de uma fase de desenvolvimento do produto (http://petuniversal.com/pt/projectos). A plataforma foi já instalada em várias clinicas e hospitais veterinários.
“Atualmente, grande parte da atividade hospitalar na clínica veterinária é ainda realizada com recurso a fichas em papel, o que cria processos morosos, passiveis de erros e impossíveis de automatização. Por isso, a nossa solução aposta na desmaterialização e automatização dos processos clínicos”, explica Susana Costa, diretora de operações (COO) da Pet universal. A plataforma ajuda na gestão hospitalar, nomeadamente internamentos, na medicação e na disponibilização de exames designa-se Hopi.
O próprio cliente poderá proceder ao checkin e ao checkout por intermédio de um tablet colocado na receção da clínica ou do hospital. O sistema faz a gestão da lista de utentes, pode articular-se com conteúdos informativos sobre cuidados de saúde ou de entretenimento e fazer ligação a uma emissão de televisão. Esta solução completa designa-se CiCo.
Em relação à vertente dirigida aos donos dos animais, “desenvolvemos uma aplicação que permite aos donos participar ativamente na saúde dos seus pets (animais de estimação), nomeadamente, criando um registo clínico e histórico dos tratamentos, contribuindo para a qualidade de vida dos animais”, afirma ainda a COO da jovem empresa.
A Pet universal pretende vir a conseguir um dia a integração das várias vertentes. A Pet universal não surgiu por acaso. Luís Pinto tem a companhia das suas gatas, Na Nac e Trun Trun, o “fiel amigo” de Susana Costa é o Sherlock e Vítor Martins tem em casa a palradora presença do papagaio africano Jó.
A ideia surgiu, portanto, do gosto pelos animais e pelas tecnologias. Numa fase inicial e ainda sem motivações económicas, levou à construção de uma plataforma para facilitar a identificação de abrigos para animais à espera de adoção na PRAVI – Projeto de Apoio a Vítimas Indefesas. De facto, essa vertente do projeto, de cariz mais social, ainda se mantém e a plataforma funciona também para ajudar na atividade de associações amigas de animais.
Embora, nesta fase, a atividade avance com financiamentos próprios, Luís Pinto não descarta a possibilidade de conseguir outras fontes de financiamento em fases posteriores, nomeadamente contactando business angels que já demonstraram o seu interesse, e avançar, em breve, para a internacionalização do negócio.
Texto e foto: UA