É uma visão sobre os anos da pandemia e os efeitos na resposta dos alunos do terceiro ciclo.
Um estudo da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência conclui que as crianças da região Centro estão entre as que conseguem melhores resultados no terceiro ciclo do ensino básico.
Nove em cada 10 alunos concluíram o 3.º Ciclo do Ensino Básico em três anos.
Acaba de ser divulgado pela DGEEC o estudo “Situação após 3 anos dos alunos que ingressaram no 3.º Ciclo do Ensino Básico”, que permite acompanhar o percurso dos alunos que ingressaram no 3.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) geral ou cursos artísticos especializados no ano letivo 2018/19, analisando a sua situação três anos depois, no ano letivo 2020/21.
Em 2020/21, 9 em cada 10 alunos concluíram o 3.º CEB nos 3 anos previstos.
Dos 7% que não concluíram o 3.º CEB, a maioria continuava matriculada no ensino básico geral ou em cursos artísticos especializados.
Existem diferenças regionais, com as maiores taxas de conclusão a estarem localizadas no Norte e no Centro.
Apesar de ainda estarem com valores inferiores a estas duas regiões, o estudo destaca a evolução registada pelas regiões do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, tendo-se vindo a verificar a aproximação das mesmas à média nacional.
Os alunos das escolas privadas concluem mais do que os das escolas públicas (diferença de 10 pp), sendo de destacar o crescimento de 23 pp, entre os alunos das escolas públicas, desde 2014/15.
São as raparigas que concluem mais o 3.º CEB nos 3 anos previstos (90% face a 84% dos rapazes).
Quanto mais novos, maior é a probabilidade de concluírem o 3.º CEB em 3 anos (92% dos alunos com 13 ou menos anos concluiu, face a 29% dos alunos com 15 ou mais anos).
Os alunos que não necessitam de apoio da Ação Social Escolar (ASE) são os que mais concluíram (90% face a 87% do Escalão B e 74% do Escalão A).
Apesar das diferenças ainda existentes, é de destacar que, em comparação com 2014/15, os alunos do escalão A que concluíram o 3.º CEB em 3 anos registaram um aumento de 28 pp, enquanto os do escalão B tiveram um crescimento de 27 pp, ficando no último ano letivo praticamente em linha com os valores registados para os alunos que não beneficiaram de ASE.