A Câmara de Águeda atualizou o Plano de Promoção de Acessibilidade e prepara um pacote de 9 milhões para corrigir barreiras existentes em espaço público.
Diz que o documento reflete a preocupação do Município de Águeda no desenvolvimento e construção de um território para todos, sendo diversas as áreas de atuação e intervenção que procuram melhorar o espaço público, a comunicação e a interação com todos os cidadãos.
O documento, que foi aprovado por unanimidade em reunião de Câmara, é resultado de um diagnóstico feito à área de intervenção previamente definida, que nesta fase engloba a cidade de Águeda, o centro de Fermentelos e da Mourisca do Vouga.
Neste estudo, foram identificados os obstáculos e outras debilidades e elaboradas as recomendações para inverter o cenário de inacessibilidades, bem como os custos associados a essa intervenção.
“O Rampa é um plano ambicioso e que coloca o desafio de ultrapassar algumas barreiras arquitetónicas no espaço físico dos centros urbanos de Águeda, Fermentelos e Mourisca, para ser realizado nos próximos anos”, salientou Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, apontando que este não será um plano de intenções, mas um documento de trabalho concreto que irá traduzir-se em intervenções no espaço público de melhoria e inclusão.
Trata-se de um plano para aplicar de forma faseada.
A área de intervenção para esta fase foi escolhida tendo em conta a área urbana do centro da cidade e as freguesias onde atualmente a Câmara tem em curso ou em concurso projetos de regeneração urbana, acautelando, deste modo, as recomendações propostas neste estudo.
O plano, que prevê um investimento global de cerca de 9 milhões de euros, será implementado de uma forma gradual.
O objetivo do Município é alargar este tipo de intervenção no espaço público a todas as freguesias, em todo o concelho.
Paula Teles, responsável pelo estudo, apresentou, na reunião do Executivo, os resultados do diagnóstico efetuado e elogiou a Câmara Municipal por tomar a dianteira em realizar este trabalho exaustivo e detalhado de campo, que permite olhar para o território de uma perspetiva crítica e atenta aos pormenores da inclusão e acessibilidade para todos.
“Parabéns, porque são poucas as câmaras em todo o país que fizeram este trabalho de casa”, disse a especialista neste tipo de intervenções urbanas.
Com este plano e diagnóstico feito, o Município pode concorrer a algumas candidaturas de apoios para intervenções no âmbito da mobilidade urbana sustentável.
Entre as recomendações e propostas de melhoria a fazer estão o rebaixamento e largura de passeios, relocalização de paragens de autocarros e estacionamento para deficientes no dimensionamento e localização adequadas.
“Queremos continuar este trabalho e aproveitar os financiamentos comunitários e estatais existentes para fazer as adaptações necessárias de forma a tornar o espaço público o mais harmonioso e acessível possível”, frisou Edson Santos.