O futuro do Centro Hospitalar do Baixo-Vouga continua no centro das atenções dos Municípios da Região de Aveiro que dirigem críticas à forma como o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, continua a retardar a resposta a questões tidas como fundamentais e para as quais tinha assumido o desafio de conversar com os autarcas.
“Fica o reiterado lamento pela atitude do Ministro. Não cumpre o compromisso assumido connosco. Continua virado para si próprio. Os atos ficam com quem os praticam e nós mantemos a nossa atitude política de protesto”, comentou Ribau Esteves na resposta a deputados intermunicipais eleitos em representação de diversos municípios.
José Matos quis saber “como é que o Ministro ainda não deu resposta às questões do hospital”. “Fomos motivo de chacota pelos defuntos que entravam pela urgência. É lamentável. O hospital anda sempre nos jornais e na TV. Polémicas evitáveis. Os problemas aqui levantados mantêm-se. Continuamos com resposta deficiente. As consultas de especialidade têm tempos demasiado longos. A resposta tem vindo a degradar-se. Gostava de pedir que fizessem chegar ao Ministro as preocupações. Daqui a um mês acaba o mandato da administração mas se calhar não era bom renovar. Temos que voltar à carga e chatear quem manda”.
Outro deputado sugeria informação sobre um estudo que é aguardado sobre o Hospital e que a Universidade estará a ultimar.
Ribau Esteves defende que nem tudo é mau e mesmo depois de ter dirigido críticas ao Governo admite que o hospital é “vítima” de lóbis na área da saúde.
“Há coisas boas e coisas más. Temos que ter cuidado com alguns lóbis na classe médica. Isto não tem a ver com partidos. Vamos ver a que zonas pertencem pessoas que estão sempre a dizer mal. Depois há notícias boas como a do estudo em que os cidadãos dão nota de elevado índice de satisfação. Estamos felizes com isso e sabemos que estamos satisfeitos com vários dos serviços. Nunca dissemos para fazerem uma implosão do hospital. Mas há áreas que estão mal e valências que não existem. Não podemos ter serviços que fecham às 20h. Não podemos abrir mão disto”.
O autarca de Aveiro assume que espera ainda conhecer o Plano Estratégico do Centro Hospitalar associando alguma instabilidade à portaria que veio classificar os hospitais por categorias.
“A classificação das valências está nas mãos das Administrações Regionais de Saúde e na mão do Ministro que aprova Planos Estratégicos. O Plano Estratégico está para conhecer a luz do dia e logo que tenhamos formato maduro apresentaremos o estudo encomendado à Universidade de Aveiro. Quanto às administrações quem os nomeia que os nomeie. Queremos é competência, qualidade e com novos serviços a bem dos concidadãos”.