Associação dos Bolseiros de Investigação Científica assume reativação do núcleo de Aveiro.

A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) agendou um plenário para o próximo dia 2 de Dezembro como forma de dar a conhecer a reativação do núcleo de Aveiro.

Sobre o quadro político atual é crítica da extinção da FCT, fundida com a Agência Nacional de Inovação.

Entende que a “ciência pública não pode ficar refém de interesses imediatos do sector privado nem de lógicas de curto prazo”.

Teme pela prevalência de uma lógica que instrumentalize a ciência em função do lucro.

Com a reativação do núcleo na Universidade de Aveiro, a ABIC propõe-se melhorar a realidade dos bolseiros de investigação nesta instituição.

A generalização da precariedade, a banalização do excesso de trabalho atribuído, não remunerado e não relacionado com a área de investigação e as ameaças ao corte do financiamento às unidades de investigação são causas que a ABIC promete retomar em Aveiro.

“Os bolseiros de investigação, estando mais informados e organizados, serão capazes de fazer ouvir as suas justas reivindicações, de mobilizar e lutar, pelo seu futuro e pelo futuro do sistema científico em Portugal”.

Esse momento de plenário está agendado para dia 2 de Dezembro, às 18h, na sala 12.1.25 do Departamento de Ciências Sociais e do Território.

Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, criada em 2003, com o objetivo de dinamizar e congregar esforços na luta pela extinção do Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI), convertendo todas as bolsas em contratos de trabalho, “contribuindo para o reconhecimento e dignificação de todos os profissionais que exercem investigação científica e gestão de ciência em Portugal”.

A ABIC pretende promover a discussão sobre a actual situação da investigação científica e do emprego científico em Portugal com o intuito de colaborar na construção de um Sistema Científico e Tecnológico Nacional eficaz enquanto instrumento para o desenvolvimento económico, social e cultural do país.

Tem intervenção junto do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT, entretanto, extinta), da comunidade científica em geral e junto de decisores políticos em prol da defesa dos bolseiros e do emprego científico.