O Teatro Aveirense reabre na próxima sexta-feira para a celebração dos 140 anos, com Ivan Lins no cartaz.
Assinala o final da obra de reabilitação de cerca de 2 milhões de euros que moderniza a estrutura da sala de espetáculos de Aveiro.
Equipamento de luz e som renovado e preparado para a celebração dos 140 anos com mais de 100 atividades até Março de 2022 e uma dezena de estreias nacionais.
O diretor cultural, José Pina, fala de uma intervenção assente na conservação das infraestruturas, equipamentos e organização e que abre caminho a um tempo em que a programação digital vai assumir um lugar próprio, permanente, na agenda cultural. Um tempo que pretende puxar pelas formações locais. (com áudio)
Reabertura do Aveirense no dia 3 de Setembro com a inauguração da exposição sobre a história do Teatro Aveirense e um concerto com Ivan Lins e Orquestra Filarmonia das Beiras.
Ribau Esteves assinala a renovação da sala e a reabertura já em tempo de desconfinamento como pilar da candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027.
O autarca de Aveiro anuncia para Novembro a apresentação formal do dossiê de candidatura.
A autarquia lembra que antecipou a obra aproveitando a pausa nas atividades devido à pandemia numa obra que é considerada também parte da reabilitação urbana em curso na cidade. (com áudio)
A última grande intervenção no Teatro Aveirense datava de 2003 no mandato de Alberto Souto.
A autarquia promete para breve a modernização da comunicação com o recurso a painéis eletrónicos.
Na música, o primeiro espetáculo faz-se com Ivan Lins e Orquestra Filarmonia das Beiras, dias 3 e 4 de setembro, seguindo-se um calendário intenso, pontuado por nomes como Cuca Roseta, Rita Redshoes, Sean Riley & the Slowriders, The Gift, Pedro Abrunhosa, Rita Vian, Valter Lobo, Jéssica Pina e diversos outros nomes.
Também no teatro as apostas são fortes, desde a estreia de um projeto encomendado a Jorge Louraço Figueira a uma mini temporada do Teatro Nacional São João, com duas obras encenadas por Nuno Cardoso, passando por espetáculos de Elmano Sancho, John Romão, Pedro Penim e outros nomes.Numa fusão entre teatro e dança está “Kind”, espetáculo da companhia belga Peeping Tom, que traz a Aveiro o derradeiro momento de uma trilogia iniciada em 2014, desta feita numa criação em torno do mundo mágico e desmedido da infância. Também a Companhia Olga Roriz estará no Teatro Aveirense, com “Insónia”, obra que o Teatro Aveirense coproduziu. A estes espetáculos juntam-se criações da Circolando, Companhia Nacional de Bailado e outras propostas.
O circo contemporâneo sempre teve um papel relevante na programação do Teatro Aveirense e a aposta vai manter-se nos próximos meses, com uma sucessão de companhias internacionais, como a Recirquel Cirque Danse (Hungria), a Cirkus Cirkör (Suécia), a Compañia Manolo Alcântara (Espanha), a Compagnie Dondavel (França) e a Baccala Clown Compagnie (Suíça), sem esquecer um dos mais internacionais artistas portugueses nesta área, João Paulo Santos.
O resto da programação envolve momentos igualmente fortes, desde a estreia de quatro curtas-metragens encomendas pelo Teatro Aveirense para celebrar o seu 140º aniversário, às “Conversas do Aveirense”, que propõem uma reflexão sobre a criação contemporânea com figuras de destaque no panorama nacional e internacional.
A isto soma-se uma nova estratégia para o campo das artes multimédia, um Centro de Documentação e Investigação, uma nova imagem gráfica, um novo website e uma série de outras formas de assinalar a longevidade e renovação do Teatro Aveirense.