A distrital de Aveiro do PSD contesta as declarações do presidente da Infraestruturas de Portugal, que agrupa REFER e Estradas de Portugal, a propósito da recusa de nova via de ligação entre Aveiro e Águeda. Os Sociais Democratas dizem que António Ramalho está a querer ignorar as aspirações das populações e dos autarcas “ignorando as promessas de sucessivos governos”.
“Dizer-se que Aveiro e Águeda estão ligadas por duas autoestradas revela um profundo desconhecimento da realidade, ou, pior, uma tentativa de a distorcer. Esta CPD continua a defender intransigentemente a construção de uma via rápida entre as duas sedes de concelho, ainda que não seja com perfil de autoestrada. Há várias soluções apontadas, todas elas bem estudadas, pelo que não permitiremos que este anseio, tão antigo como legítimo, saia da agenda política. Não desistimos, não baixaremos os braços”.
A estrutura liderada por Ulisses Pereira lembra que a ligação rápida, entre Águeda e Aveiro, está incluída no Quadro Comum de Investimentos da Região de Aveiro, sob forma de variante, admitindo que o projeto “autoestrada”, avaliado em cerca de 100 milhões de euros, “está desfasado da realidade atual”.
A aposta está centrada na construção de uma “variante” que reduza o tempo para percorrer os cerca de 20 quilómetros entre as duas sedes de concelho. “O desafio que todos temos entre mãos é garantir o financiamento comunitário para uma via fundamental para a competitividade da economia local, e para a valorização das empresas da região, muitas delas exportadoras”.
Para António Ramalho fica a crítica pela forma como o presidente da IP se pronunciou esta semana no Porto de Aveiro. “Quanto a esta via rápida, que vai fazer a ligação entre Aveiro e Águeda, sabemos agora que não podemos contar com o apoio do presidente das Estradas de Portugal. O que lamentamos, mas não nos preocupa, pois sabemos que ela vai ser construída, concretizando o projeto que a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro assume, e a que o Governo não deixará de responder positivamente, trabalhando em conjunto para que sejam canalizados os fundos comunitários necessários para o efeito, na linha da prioridade prevista para os investimentos que reforcem a competitividade da nossa economia”.