António Costa tomou posse esta tarde como Primeiro Ministro, assim como todos os seus 17 Ministros e Secretários de Estado que, assumiram publicamente um compromisso de honra.
A Terra Nova, ouviu, esta quinta-feira, a opinião e expectativas para o futuro, relativamente às novas políticas governativas, de Ribau Esteves e Manuel Assunção, Reitor da UA.
Ribau Esteves, gestor público com responsabilidades a nível local e nacional, fala numa situação política "anómala" que "não dá garantias de estabilidade no futuro". Essa é a preocupação do autarca social democrata.
O Presidente da República indigitou "legitimamente" o líder da Coligação mais votada nas eleições, "coisa absolutamente normal", disse, adiantando que "a anormalidade está no facto de que quem perdeu, não soube perder. Assim se deu a anormalidade de quem perdeu ter arranjado uma solução para passar a ser Primeiro-Ministro só para continuar a ser Secretário-geral de um partido". "Esta realidade tem de ser assumida. Eu estarei a trabalhar com lealdade e empenho com o novo Governo", disse na Terra Nova. Ribau Esteves voltou a assumir uma opinião crítica relativamente a todo o processo que conduziu António Costa à liderança governamental. (com áudio)
Manuel Assunção, Reitor da Universidade de Aveiro (UA) está com "expectativas positivas" e diz-se pronto para trabalhar com quem governa. "Trabalhamos com todos os Governos. O importante é o projecto das instituições. Continuaremos empenhados em mostrar a nossa valia. Temos um bom projecto", disse, pedindo "sensibilidade" ao novo Governo porque "tem de se investir mais, agora, no ensino superior". "O que trás desenvolvimento ao País são pessoas mais qualificadas, sendo isso consagrado no novo Quadro de Investimentos Comunitário", sublinhou. Sobre o novo Ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, revelou esperança no trabalho que possa vir a desenvolver. "É uma pessoa que conhece bem as Universidades. Terá sensibilidade para que as Universidades recuperem do desinvestimento feito. Poderá canalizar mais verbas para o ensino superior".