O Gabinete de Projeto ARX entregou a primeira versão do Estudo Prévio do Projeto de Qualificação do Rossio e o estacionamento em cave é “tecnicamente possível” e deverá integrar a opção de remodelação do espaço.
A autarquia já adiantou este cenário e diz que os resultados do estudo de tráfego “confirmam a necessidade da oferta de estacionamento automóvel no Rossio”.
Ao mesmo tempo diz que os estudos apontam para a “redução do tráfego nas ruas adjacentes ao Rossio em cerca de 40%”, o que irá ocorrer com uma gestão de tráfego mais condicionada, nomeadamente pelo sentido único entre as “Pontes” e o Rossio.
Quanto ao estudo geotécnico, a Câmara revela que os resultados confirmam a “possibilidade técnica de construção do estacionamento em cave, usando a técnica das paredes moldadas na contenção periférica como a mais fiável para garantir uma execução mais rápida e risco muito reduzido ao máximo tecnicamente possível”.
A autarquia já esclareceu que não havendo mais trabalhos arqueológicos a realizar, o achado dos restos de uma capela vão ser agora tapados para proteção com tela geotêxtil, até ao início da sua reabilitação aquando das obras do Rossio.
A circulação automóvel vai fazer-se num só sentido das “Pontes” para o Rossio até à frente do “Augusto”, tendo a Rua João Afonso de Aveiro dois sentidos, entre a Ponte de São João e o “Augusto”.
A Área Pedonal Junto aos Edifícios vai aumentar de forma considerável, as áreas verdes serão alargadas e a área pedonal central para eventos vai ter uma praça pavimentada com betão poroso pigmentado, estando a si agregadas áreas relvadas.
O Parque de Estacionamento em cave, com capacidade para 263 lugares, terá uma entrada do lado da Rua João Mendonça (no sentido do tráfego das “Pontes” para o Rossio) e uma entrada e saída do lado da Ponte de São João.
A autarquia anuncia a reserva de lugares para Moradores, com uma política tarifária específica, e diferenciada dos utilizadores não residentes. Serão instalados postos de carregamento rápido de veículos elétricos, incluindo moliceiros.
Com uma estimativa de custo na ordem dos 8,6 milhões, a obra será parcialmente financiada por quem explorar o estacionamento e por fundos europeus e a obra poderá chegar aos 18 meses de execução.
Com esta intervenção, a autarquia projeta uma nova Ponte da Eclusa sobre o Canal das Pirâmides, aproveitando a estrutura existente, de forma a que a ponte existente possa ter a circulação no sentido norte/sul e a nova ponte, a construir do lado nascente da atual ponte e do edifício da central de gestão da Eclusa, receba o tráfego do sentido sul/norte, melhorando também as condições de circulação de Peões e Ciclistas.
Do lado norte do Canal das Pirâmides, do lado da Antiga Lota, será construída uma rotunda no enfiamento da dupla-Ponte. Do lado sul, da Marinha da Troncalhada, será reperfilado o arruamento e o cruzamento com o nó da A25, com a construção de um passeio para peões junto ao muro do Canal (sendo este circuito pedonal ligado em contínuo às “Pontes”), atenuando-se os ângulos de viragem no acesso à dupla-Ponte, e recolocados, a zona nascente da Marinha da Troncalhada, o seu Palheiro e os seus Montes de Sal.
Nesta área serão investidos 1,2 milhões para melhorar e potenciar este acesso à cidade a partir da zona da marinha da Troncalhada e antiga lota fazendo a ligação à Estrada-Dique da Marinha da Troncalhada e ao Centro de educação ambiental.
O ordenamento de Tráfego e a Qualificação Urbana do Bairro da Beira-Mar, a qualificação da Rua do Clube do Galitos, a criação de um circuito pedonal a sul do canal das pirâmides e a transformação do atual parque de autocaravanas, debaixo da A25, em Parque de Estacionamento de Autocarros são algumas das medidas que surgem agregadas a este projeto que entra em fase de Audição Pública até 25 de Janeiro.
Para esta sexta está anunciado o encontro com o movimento cívico “Juntos pelo Rossio”. Encontro com Ribau Esteves, às 17h30, para debater o estudo prévio agora apresentado.
O movimento já se pronunciou e lamenta que o estudo prévio tenha sido fechado e mostrado um dia antes da reunião sem dar sinal de abertura ao debate de ideias antes de fechar o dossiê.
“Até ao dia de hoje, o Movimento Juntos pelo Rossio tentou sempre construir uma ponte com o Executivo Camarário no sentido de permitir a participação e envolvência dos cidadãos, dos moradores, dos privados e dos investidores de todo a zona que rodeia o Jardim do Rossio, no processo de requalificação do mesmo e hoje, um dia antes da reunião conjunta marcada com o Executivo Camarário Aveirense, o mesmo decidiu por-nos todos de parte sem querer ter em conta a nossa opinião e a nossa visão para o Jardim do Rossio, assumindo unilateralmente essa responsabilidade”.