Distrital do PSD e deputados eleitos por Aveiro visitaram o complexo industrial de Cacia da The Navigator Company e deixaram críticas à forma como o Governo tem gerido o setor considerando uma das indústrias mais exportadoras.
A visita às instalações de Aveiro da The Navigator Company, por ocasião do 70.º aniversário da empresa, contou com uma delegação que incluiu o presidente da comunidade intermunicipal da região de Aveiro, dirigentes locais do PSD e o autarca de freguesia de Cacia.
Emídio Sousa, presidente da distrital, entende que o setor florestal não tem sido cuidado como devia.
“Quando falamos da gestão da floresta, falamos de uma área fundamental para criar valor económico, social e de boa gestão e planeamento do território, marca indelevelmente negativa da governação socialista nos últimos sete anos, nomeadamente aqui em Aveiro, onde a floresta tem sido fustigada ano após ano, com consequências devastadoras para a nossa comunidade”.
O presidente da Câmara Municipal de Aveiro e da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, defendeu a criação da central de biomassa e fala em demora sem justificação.
Ribau Esteves sublinhou “a urgência deste processo, que está parado na DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia)”, para a atribuição da licença, lembrando que a CIRA “tem todas as condições para a colocar em funcionamento, otimizando as condições existentes, com total sustentabilidade técnica e financeira”.
O autarca reforçou a ideia de que “esta central será uma ferramenta muito importante para gerir bem a nossa floresta, dando bom destino à biomassa produzida para a produção de energia, e retirá-la do mapa dos incêndios que todos os anos assolam a região”.
Defende uma gestão cuidada de áreas de propriedade do Estado e nos baldios, existentes em particular nos municípios de Águeda, Albergaria-A-Velha, Ílhavo, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.
Da visita à Navigator resultou a “exigência” de um trabalho de equipa entre o ICNF, ANEPC, AGIF, os municípios, as associações de produtores florestais e outras entidades, para que “a gestão da floresta se desburocratize e se proceda à sua estruturação, fundamental para a sustentabilidade da floresta, com o equilíbrio dos fatores, da produção, biodiversidade e resiliência aos incêndios rurais, para o combate eficaz às alterações climáticas”.