O deputado do PSD Paulo Cavaleiro deixou na Comissão Eventual de Acompanhamento do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) a convicção de que o governo está a responder com “rapidez” ao drama provocado pelos incêndios ocorridos durante o mês de setembro. Na mesma reunião, o ministro Castro Almeida anunciou para esta sexta-feira, dia 11, a entrega dos primeiros cheques a agricultores afetados no distrito de Aveiro.
“É agradável ver que as pessoas estão surpreendidas com a rapidez com que o governo conseguiu encontrar respostas e estão mesmo a sentir que as coisas vão acontecer” – vincou Paulo Cavaleiro na audição no âmbito do acompanhamento da execução e fiscalização do PRR e do programa PT2030, depois de ter recordado as recentes visitas dos deputados social democratas eleitos pelo círculo de Aveiro a zonas afetadas pelos incêndios, em especial no distrito pelo qual foi eleito.
Na resposta, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial referiu-se àquilo a que apelidou de transferência em tempo recorde de verba do Ministério das Finanças para as comissões de coordenação regional (CCDR), de tal modo que já esta sexta-feira, dia 11, seriam entregues os primeiros cheques às populações afetadas. A esse respeito, sublinhou a “grande preocupação na celeridade da resolução dos problemas, sobretudo a pensar nos agricultores, nas pessoas que vivem da agricultura”.
“Trata-se de uma tramitação muitíssimo rápida, mas era nossa obrigação. É para isso que o apoio público serve, porque se não chegar a horas, servirá de pouco” – vincou o governante, anunciando que o levantamento dos prejuízos está “quase concluído”, graças ao facto de o trabalho ter tido início na mesma semana em que ocorreram os incêndios, durante a qual o Conselho de Ministros aprovou o elenco das medidas de apoio, “entre as quais ficou definido que o Ministério das Finanças avançaria com 100 milhões de euros “para tratar das coisas mais urgentes e dois dias depois o dinheiro estava na conta das CCDR”.
Relativamente ao assunto central daquela comissão, o deputado aveirense deixou uma “dúvida” no ar, sobre “como foi possível o PS não ter percebido que era impossível gerir três programas – o Portugal 2020, o PRR e o Portugal 2030 – ao mesmo tempo, mais ou menos com as mesmas pessoas”. Para Paulo Cavaleiro, “isso é que é difícil entender”, considerando que “hoje percebemos que há muita coisa atrasada”.
Sublinhando que “o PRR é verdadeiramente um programa diferente dos outros”, o parlamentar social democrata vincou que “este governo tem reforçado com mais pessoas e com inteligência artificial, mas a verdade é que a execução do [programa] 2030 estava em apenas 0,5 por cento” quando o atual executivo chegou.
A concluir, Paulo Cavaleiro deixou a ideia de que ficou a saber-se que “se houver orçamento [do Estado], os 800 milhões necessários para as casas vão acontecer e só por isso já se justifica” a respetiva aprovação.