A atribuição dos Pelouros na Câmara Municipal de Ílhavo, liderada agora por João Campolargo, eleito pelo Movimento 'Unir para vencer', já motivou críticas do PSD de Ílhavo.
Em comunicado de imprensa enviado à Redacção Terra Nova, referem vários pontos como alvo de contestação.
A ausência dos Pelouros da Juventude e Maioridade "é um retrocesso no desenvolvimento do município”, refere o PSD.
Para Fátima Teles (na foto) ex-Vereadora na autarquia de Ílhavo (PSD) "o aumento do número de idosos justificavam um pelouro dedicado a esta faixa etária". “O pelouro da Comunidade não substitui o pelouro da Maioridade pois é demasiado lato e, porque, principalmente, os idosos carecem de um cuidado especializado e focado ao qual se foram habituando ao longo do tempo”.
O PSD 'fala' ainda noutra questão merecedora de observação “do ponto vista ético”. Trata-se da nomeação, como Secretária do Gabinete de Apoio à Vereação, da irmã do cabeça-de-lista do Movimento Independente à Assembleia Municipal ilhavense. "A deontologia, moral e ética são valores inerentes à atividade política, e transversal à sociedade, pelo que não nos devemos abster de manifestar a nossa indignação perante a nomeação de uma familiar direta do cabeça de lista à Assembleia Municipal de Ílhavo, e grande impulsionador do Movimento UPF, mais concretamente, a irmã do Cabeça de Lista à AMI. A nomeação dos gabinetes de apoio, nos termos da lei, trata-se de uma prerrogativa que visa apoiar - e bem - com base na confiança pessoal, o Presidente da Câmara e respetiva vereação. O Vereador Paulo Nunes considera que é nosso entendimento ser legítimo que a escolha recaia em pessoas cuja idoneidade e competência sejam avaliadas pelo Presidente da Câmara. Todavia, não podemos deixar de manifestar profundas reservas na nomeação de uma familiar direta do cabeça de lista à Assembleia Municipal do grupo de cidadãos UPF para secretária do Gabinete de Apoio à Vereação. Se por um lado nos parece razoável que uma pessoa não veja diminuídos os seus direitos por força da relação familiar, por outro lado, parece-nos no mínimo questionável, sob o ponto de vista ético e deontológico, que a escolha recaia por uma familiar directa", sublinham, adiantando que "não nos identificamos de todo com esta prática, que nos parece claramente refutável. É, de facto, um mau começo", regista o PSD.