O PS questiona o Governo sobre encerramento do Lar Alberto Souto. Os deputados eleitos por Aveiro pediram explicações à Ministra da Justiça relativamente ao destino dos menores que, até ao final do mês de Março, estavam confiados pelos tribunais ao Lar Alberto Souto, em Aveiro, entretanto encerrado.Segundo Filipe Neto Brandão, ex-Governador civil de Aveiro e um dos seis deputados que assinam a pergunta em causa, os parlamentares do PS pretendem que a Ministra da Justiça explique “por que razão, a meio de um ano letivo, os jovens (cerca de dezena e meia) que àquela instituição se encontravam confiados, foram separados e redistribuídos por diversas instituições privadas, algumas das quais sitas a largas centenas de quilómetros”. “Sendo do conhecimento público que alguns desses jovens se encontravam a estudar numa escola profissional em Aveiro, a sua transferência, a meio de um ano letivo, importará, muito previsivelmente a falta de aproveitamento escolar, além de ficarem privados do contacto com seus familiares, que não têm recursos para custear as viagens”, lê-se ainda nas perguntas formuladas.O PS lembra que em Aveiro era permitido aos jovens ir passar os fins de semana com os pais e agora, mesmo com um comportamento exemplar, “a distância e o preço dos transportes faz com que passem a estar condenados a uma espécie de degredo.”Filipe Neto Brandão, Pedro Nuno Santos, Sérgio Sousa Pinto, Rosa Albernaz, António Cardoso e Isabel Oneto querem saber "quais as razões que presidiram ao encerramento do Lar Alberto Souto; Por que razão não se aguardou a conclusão do ano letivo; Como foram ponderadas as consequências do encerramento do Lar Alberto Souto no projeto pessoal de educação de cada jovem; Como pretende o Ministério da Justiça manter o indispensável contacto entre os jovens e as respetivas famílias; Para que estabelecimentos de educação foram os jovens transferidos, nomeadamente os que se encontravam a frequentar o ensino profissional em Aveiro; Quais as instituições privadas para as quais foram redistribuídos os jovens que antes ali residiam e qual o custo que, cada um deles, irá doravante importar para o Estado, enquanto estiverem institucionalizados e que alternativas foram ponderadas, nomeadamente de maior proximidade e porque razão as mesmas não foram adotadas".