O PCP contesta o processo desencadeado pela Câmara de Aveiro para a cedência dos funcionários da Move Aveiro aos serviços da autarquia, durante um ano, sem garantias para quando for aberto concurso. A direção regional do PCP afirma ter recebido contacto de vários trabalhadores preocupados com o futuro.
“No seguimento da extinção da MoveAveiro, a CMA abordou os trabalhadores para que estes fossem cedidos aos serviços camarários para continuarem a exercer as mesmas funções por um período de um ano, findo o qual seria aberto um concurso público para essas vagas ao qual todos os trabalhadores poderiam concorrer, mas no qual nenhum teria a garantia de ser colocado. Para lá desta antecâmara de desemprego - perfeitamente evitável se houvesse vontade política por parte do executivo camarário liderado por Ribau Esteves - a proposta de acordo para cedência por interesse público é, igualmente, vergonhosa”.
Em nota divulgada esta sexta, a Direção Regional do PCP diz que “era proposto aos trabalhadores que até dia 30 de Junho assinassem o acordo que pressupunha uma dupla desvalorização salarial” explicando que “os trabalhadores são obrigados a passar a trabalhar 40 horas por semana” e iriam ver a massa salarial reduzida quando passassem para as categorias salariais da Função Pública.
“Em síntese, o que a CMA propõe aos trabalhadores é: ou aceitam fazer o mesmo trabalho, durante mais horas e com menos salário, ou vão para a rua” adianta o PCP que vê na proposta “uma vergonhosa chantagem, um vil desrespeito pelos direitos dos trabalhadores e mais uma jogada anti-democrática bem ao jeito das outras que ao longo destes menos de dois anos de mandato Ribau Esteves já habituou os aveirenses”.