O PP acusa o Governo de apresentar contradições quanto ao apoio prestado à empresa Moviflor / Armazéns Reis na sequência dos incêndios de 15 e 16 de Outubro na Região Centro.
Uma questão sobre o desenvolvimento no terreno das medidas de apoio às empresas afetadas pelos incêndios e, segundo o PP, os serviços públicos “não estão a conseguir corresponder ao definido pelo Governo na Resolução do Conselho de Ministros”.
No dia 9, durante a audição na especialidade do OE2018 para o trabalho e a segurança social, o deputado António Carlos Monteiro questionou o Ministro Vieira da Silva sobre a situação da empresa na zona industrial de Mamodeiro que sofreu “danos irreversíveis” nos incêndios deste ano, tendo perdido, na totalidade, o armazém e respetivo recheio.
Na altura, António Carlos Monteiro informou o ministro de que, até à data, a empresa não tinha ainda sido contactada por qualquer organismo da tutela, estando em causa 120 postos de trabalho.
Na resposta, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social terá afirmado, segundo o PP, que a empresa em causa estava já referenciada pelos serviços e que teria sido contactada no dia anterior.
“No entanto, já depois desta audição, o CDS-PP teve conhecimento de que tal não ocorreu, e de que a Moviflor / Armazéns Reis continua sem ser contactada por qualquer serviço do Estado para a apoiar na sequência dos incêndios de 15 de outubro”.
O deputado revelou que a empresa teve apenas uma reunião na CCDRC, tendo-lhes sido dada informação genérica, sem que houvesse mais desenvolvimentos, nomeadamente por parte do IAPMEI.
Mais recentemente, em resposta ao deputado do CDS-PP, o Ministro da Economia comprometeu-se a que a empresa iria ser contactada, “em breve”, pelo IAPMEI, à semelhança do que está a acontecer com as outras empresas lesadas nos incêndios.