O PCP voltou à “rua” numa ação dedicada aos transportes públicos e deixou claro que embora não concordando com a concessão quer “um processo de análise ao serviço” que envolva a população, as estruturas associativas do concelho e as juntas de freguesia e, antes do fim da concessão, defende que “devem ser dados passos para que logo que possível Aveiro volte a ter uma rede de transportes públicos detidos pela Câmara”.
A campanha "Aveiro precisa de transportes públicos de qualidade" esteve, esta quarta, na rua e contactou com utentes do serviço de transportes.
Na semana em que a Câmara e o grupo Transdev apresentaram a operação de concessão que entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2017, o PCP reclama a necessidade de lutar pelo serviço público.
“Nos contactos feitos ficou evidente que, tanto ao nível das preocupações com o atual quadro, como do ceticismo face à solução encontrada, há na população aveirense uma grande identificação com os aspetos fundamentais da linha de intervenção do PCP sobre a matéria”.
Filipe Guerra esteve na rua e deixou claro que é “preciso uma resposta integrada, que envolva autocarros, comboios, ferries, estacionamento na periferia e o uso da bicicleta”.
A entrada de privados em cena levanta desconfianças no PCP. “É fundamental uma resposta pública que não tenha como prioridade o lucro, mas o desenvolvimento harmonioso do concelho, o bem-estar individual e coletivo da população, a proteção do ambiente”.
Repetiu argumentos sobre o respeito pelos direitos dos trabalhadores das empresas municipais, garantido que enquanto dure a concessão (solução com que o PCP não concorda), “sejam escrupulosamente vigiados o cumprimento de linhas, horários e preços, para lá de outros compromissos assumidos”.