O PCP diz que o setor do comércio é dos mais afetados pela precariedade e o roteiro de denúncia passou ontem pelo Fórum Aveiro como espaço de contacto com os trabalhadores das várias lojas aí sediadas. “Durante os contactos realizados foi possível confirmar a situação de inúmeras situações de trabalhadores a desempenhar funções de cariz permanente, mas cujo vínculo é precário. A tudo isto juntam-se os baixos salários, a completa desregulação horária, a imposição de horas extraordinárias que muitas vezes nem são remuneradas (por exemplo, quando é preciso renovar o stock ou as montras das lojas, os trabalhadores são obrigados a ficar depois do encerramento, ou seja, para lá do seu horário), imposição de períodos sem pausa nem sequer para ir ao WC por estar apenas um trabalhador na loja, e até situações de desrespeito pela integridade física dos trabalhadores, com algumas lojas a ter horas a fio o volume da música ambiente "excessivamente alto”.