O PCP toma posição em defesa do SNS.
A Comissão Concelhia de Aveiro do PCP denuncia o que diz ser o “contínuo desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde”.
Inspirado pelo orçamento de Estado e por cortes orçamentais, o PCP teme pelo futuro do SNS.
Fala em programa e diz que a construção em Aveiro de um novo hospital privado é sintomático.
“O encerramento constante do serviço de urgências, em particular o de obstetrícia e ginecologia, do hospital Infante D. Pedro provoca constrangimentos grotescos nas populações servidas por este hospital. O Orçamento do Estado de 2026, sem surpresa, é um desastre. Anunciam-se cortes de mais de 200 milhões de euros em material e aquisição de medicamentos e nem uma linha existe referente ao hospital de Aveiro. Enquanto isso, avolumam-se os problemas que o SNS enfrenta e que se vão agravando dia após dia, particularmente nas condições de trabalho cada vez mais difíceis para as centenas de profissionais deste hospital. Isto, num contexto em que no mesmo orçamento, existirá um aumento de 40% com parcerias público-privadas, drenando assim recursos públicos para alimentar a gula de quem lucra com o negócio da doença”.
Responsabiliza o Governo mas também PS, IL e CH a quem acusa de aceitar as soluções sem qualquer adenda.
A recente greve de 24 de Outubro e a greve geral anunciada para Dezembro são momentos de protesto que o PCP define como sinais de que as políticas em curso não estão a conseguir resolver problemas.
“Mais, as recentes declarações da ministra da Saúde acerca da criação de “urgências regionais” onde duas ou mais unidades locais de saúde da região podem ser juntas para concentrar o serviço num único hospital – para além de não resolverem problema algum, implicarão ainda a mobilidade forçada do corpo médico, algo inadmissível. O que é mesmo necessário para prestar os melhores cuidados se saúde às populações é tomar medidas para valorizar os profissionais de saúde das várias especialidades, criando condições para os atrair e fixar através da garantia de melhores salários em regime de exclusividade com direito à respetiva majoração da remuneração, valorizando assim as suas carreiras e assegurando a sua progressão”.