O PCP assume a sua oposição à legalização da prostituição. Depois das posições sobre a eutanásia, este é outro dossiê que promete dividir a maioria parlamentar de esquerda.
O debate “Prostituição: uma grave forma de violência e exploração”, que decorreu em Albergaria, confirmou esta posição do PCP.
“A legalização da exploração da prostituição não defende as mulheres prostituídas, legaliza a indústria do sexo, dá cobertura a outros crimes, como o branqueamento de capitais”, resume o PCP.
“Mais do que legalizar, devem-se promover medidas de prevenção das causas económicas, sociais e culturais que aprisionam as mulheres na prostituição. Veja-se o exemplo do distrito de Aveiro, onde há mais de 54000 desempregados - 60% dos quais são mulheres e 30% dos quais são jovens. Assim se constata que a prostituição não é uma opção, é exploração. Não é uma profissão, nem tão pouco uma escolha. É a ausência de liberdade e de oportunidades de escolher e ter um projeto de vida”.
No debate de Albergaria com cerca de meia centena de pessoas participaram João Pimenta Lopes (Deputado do PCP no Parlamento Europeu), Pedro Vaz Pato (Juiz e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação “O Ninho”), Márcia Oliveira (Dirigente do Movimento Democrático de Mulheres) e Tiago Vieira (Membro do Comité Central do PCP).