O país despede-se de Mário Soares que faleceu aos 92 anos. Esteve ligado aos principais momentos da história de Portugal nos últimos 50 anos.
No combate à ditadura, na libertação democrática, na resistência ao comunismo, na opção Europeia e na consolidação da Democracia. Foi Primeiro-Ministro em vários momentos, Ministro em diferentes Governos e Presidente da República Portuguesa em dois mandatos.
Fica como o político que deu início ao processo de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia e que subscreveu o Tratado de Adesão à CEE. Essa é uma das marcas destacadas pela concelhia Socialista de Ílhavo que congrega a imagem de Soares na palavra "Liberdade" (com áudio).
Referência maior entre os Socialistas, Mário Soares é considerado figura de dimensão internacional. A concelhia de Ílhavo do PS diz que se perde o mais destacado dirigente da história do PS.
“Para um jovem ou menos jovem é consensual que é a perda do melhor entre nós. A ele devemos muito. Os portugueses, qualquer que seja a geração, têm consciência da dívida que temos para com Mário Soares. Liberdade, consolidação da democracia e o modelo social integrado no projeto europeu”, referiu esta manhã Sérgio Lopes.
O responsável pela concelhia socialista de Ílhavo afirma que Mário Soares fica como inspiração de todos os que entram na ação política. Mesmo os que começaram quando Mário Soares estava a fazer a sua saída. Confessa que a sua maior mágoa foi não ter votado no ídolo na sua última eleição presidencial.
"Estive com ele uma ou duas vezes em eventos públicos. Tenho a magoa de não ter votado Mário Soares na única oportunidade que tive. Em consciência não pude votar nas presidenciais de 2006. Votei Manuel Alegre por considerar a candidatura de Mário Soares como extemporânea. Em consciência não pude votar numa das minhas principais referências".