O PSD irá reunir com os parceiros sociais. Pedro Passos Coelho fez o anúncio e criticou as escolhas para o Orçamento do Estado com a necessidade de uma visão de longo prazo para o país.
Foi durante o arranque das Jornadas Consolidação, Crescimento e Coesão, subordinadas ao Orçamento do Estado para 2017, que o Presidente do PSD reafirmou o compromisso de apresentar uma “alternativa séria para o país”, ao mesmo tempo que criticou a estratégia do Governo para o próximo ano. “O PSD quer um futuro para Portugal, e isso não muda por estar na oposição”.
Foi em Aveiro, perante centenas de pessoas, que Pedro Passos Coelho destacou que o PSD vai apresentar propostas “com uma visão de médio e longo prazo para Portugal", propostas que tenham em conta a “criação de emprego, a captação de investimento e a ideia de futuro”. “Um futuro que não se rege pelos calendários eleitorais mas um futuro em que as pessoas sabem com o que contam”.
O líder do PSD esteve em Albergaria, esta noite, e anunciou que o partido vai iniciar um ciclo de encontros com parceiros sociais para poder ouvir o seu contributo e perspetivas para ver se as mesmas podem ser incluídas nas propostas. “Não vamos estar fechados sobre nos próprios”, disse, marcando a perspetiva positiva do PSD perante o futuro do país.
Sobre a política económica seguida pelo atual governo, o Presidente do PSD referiu que “a mesma está errada”, por considerar que não promove a confiança para que os investidores possam acreditar em Portugal. “Se não conseguimos transmitir estabilidade fiscal e uma visão de confiança para futuro, este não será tão bom quanto deveria ser. Se associarmos a esta realidade um conjunto de reversões em áreas estruturais, percebemos porque estamos a fazer pior do que outros países. E isso é mau. Se nos anos de maiores dificuldades estávamos a conseguir aproximar-nos dos nossos parceiros europeus, porque não estamos a fazê-lo agora?”, rematou.
O Orçamento do Estado foi o mote para as críticas. “Nós precisávamos de um orçamento que trouxesse uma estratégia de crescimento. Como ficou patente, a melhor perspetiva que o governo apresenta é pior do que a nossa melhor no ano passado. E no ano passado estávamos já no segundo ano de retoma económica. Se tivéssemos continuado o nosso caminho, em 2016 o crescimento devia ser maior do que em 2015, porque as condições eram mais favoráveis. Países que enfrentam circunstâncias como a nossa estão a crescer mais. E Portugal não”, disse Pedro Passos Coelho.