A Moção do Bloco de Esquerda apresentada na Assembleia Municipal de Aveiro para debate sobre acolhimento de refugiados foi chumbada. Os Partidos da Maioria dizem que não faz sentido fazer recomendações para a Autarquia acolher refugiados e que há tentativa de aproveitamento político do BE. Lembra que o tema está na agenda da UE e da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
A bancada socialista diz que importa auxiliar mas sem esquecer necessidades dos portugueses. Quanto ao Movimento “Juntos por Aveiro” afirma-se solidário mas espera que o Estado, no seu todo, responda. António Salavessa (CDU) esteve a favor da Moção que foi rejeitada. O Bloco de Esquerda afirma que este cenário é irreversível e lamenta que “se perca tempo e que não se prepare atempada e devidamente a receção”.
A moção teve os votos favoráveis de Bloco, PS e PCP, a abstenção do JPA e os votos contra do PSD e CDS-PP. A moção propunha que a Assembleia declarasse Aveiro como "município de acolhimento de refugiados" e que manifeste "a sua solidariedade para com os refugiados".
A proposta de recomendação propunha a criação de "um fundo de apoio à inclusão aos refugiados", de "bolsas de estudos ou apoios sociais para futuros estudantes refugiados", de "um gabinete de acompanhamento e aconselhamento para a validação de competências junto de outras instituições" e de "mecanismos e apoios financeiros de acesso ao ensino primário e básico, nomeadamente a creches".
Rita Batista (BE) defendeu essa ação de preparação por entender que o que está a acontecer merece resposta da sociedade civil mas também dos poderes públicos (com áudio).