O Ministro da Saúde anuncia reforço de meios humanos no curto prazo nas unidades de saúde de Águeda mas o tema procupa o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Aveiro.
Hoje é dia de conferência de imprensa à porta da unidade da Mourisca do Vouga para falar sobre o tema.
No sábado, em Travassô, Manuel Pizarro admitia o problema e anunciava esforços para responder à saída de médicos.
“Dos sete médicos que faltam em Águeda, na próxima semana chegarão dois. Um sairá entretanto e ficam a faltar seis. Não tenhamos dúvidas de que não vamos conseguir resolver os problemas todos de um dia para o outro, mas estamos a trabalhar para encontrar as soluções”.
No caso concreto da Região Centro e de Águeda em particular, acredita que o problema será resolvido “mais cedo do que tarde”.
A inauguração de instalações aconteceu no fim de semana e a autarquia de Águeda assegura que o modelo de investimento em serviços de proximidade é para manter.
Depois do investimento superior a meio milhão de euros, totalmente suportado pela Câmara Municipal de Águeda, em Travassô, Jorge Almeida promete manter o esforço.
“Águeda é também modelo nos serviços de saúde; fazemos o que está ao nosso alcance para criar as condições para a prestação de cuidados de saúde de qualidade”, disse, registando, a par da US de Travassô, as obras recentes da construção das US de Valongo do Vouga, Macinhata do Vouga e Aguada de Cima, a beneficiação das US de Fermentelos e Recardães, para além das obras em curso no Centro de Saúde de Águeda e no Hospital de Águeda.
“E não vamos parar por aqui, vamos avançar com a US de Barrô e vamos mudar a da Mourisca”, enumerou.
Com uma área cerca de 350 quilómetros quadrados e com freguesias distantes, em Águeda “fazemos o que está ao nosso alcance e precisamos de um pouco por todo o lado que estas unidades que a Câmara teima em dotar de ótimas condições, tenham a componente humana absolutamente essencial para prestar estes cuidados”, apelou, alertando que são necessários 5 ou 6 médicos no concelho e que quando “um chega, outro sai”.
Sobre o Hospital de Águeda, que está em obras e que vai ficar com o serviço de urgência totalmente remodelado, Jorge Almeida apelou ao Ministro da Saúde que atente para a necessidade de dotação de meios e para o reforço de valências.
“Estamos a falar de uma urgência básica a que foi retirado quase tudo, nomeadamente meios complementares de diagnóstico”, apontou o Edil, apelando ao ministro para que quando a urgência reabrir veja “reforçada a competência dos profissionais, sobretudo de medicina interna”, o que permitirá evitar viagens e aliviar “uma urgência (Aveiro) que não dá resposta”.
O Hospital de Aveiro “continua a ser pequenino e com um conjunto de necessidades fundamentais, como a hemodinâmica” e Águeda, pelas suas características e alinhado com o objetivo na criação do Centro Hospitalar, pode dar um contributo muito relevante na prestação de cuidados à população.