Manuel Oliveira de Sousa continua firme na liderança do PS de Aveiro e quem quiser o poder vai ter que o disputar em eleições.
O candidato à Câmara de Aveiro, nos dois últimos atos eleitorais, de 2017 e 2021, explica que vai levar o mandato até ao fim atendendo à aproximação do ciclo eleitoral interno.
Apesar de ter anunciado a necessidade de abertura de ciclo, Manuel Sousa entende que não é a demissão que resolve os problemas do Partido a poucos meses de eleições internas.
Depois de uma semana marcada pela troca de palavras, com Alberto Souto, nas redes sociais, a convenção do PS foi momento para refletir a estratégia e a campanha desenvolvida.
A estabilidade no trabalho enquanto partido da oposição está a merecer referências de vários quadrantes.
Manuel Sousa diz que “todos são importantes” e que a saída, a acontecer, tem de ser de forma natural.
Raul Martins, antigo militante socialista e apoiante de Manuel Sousa, defende que o candidato derrotado ainda tem muito a dar à política aveirense.
No passado fim de semana, Manuel Sousa deixou em aberto todos os cenários, mesmo o de uma eventual recandidatura ou apoio a uma candidatura que permita renovar o Partido.
“Entendo que as lideranças têm de ser renovadas. Estarei na linha da frente a contribuir para a renovação e quando sair sairei naturalmente”.A troca de palavras nas redes sociais deixou a nu a divisão no PS.
Pedro Silva, outros dos nomes reconhecidos entre os socialistas, apela à calma e diz que é necessário baixar o tom.
“É momento de tranquilizar, se não a conclusão não é a de que não se perderam as eleições mas que se perdeu um Partido. Momento de parar. Momento de não acicatar posições extremas. Momento de voltar a unir”.
Paula Urbano Antunes, antiga vereadora do PS, foi clara na análise feita no início do mês de Outubro com referência às alianças feitas pelo às em Aveiro.“Os aveirenses recusaram a novidade do apartidarismo”.