O presidente da Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes (ANMAI) defende que o crescente peso dos movimentos na vida autárquica nacional está espelhado nos novos órgãos da Associação Nacional de Municípios Portugueses e assinala um ponto de viragem na afirmação política dos movimentos e consolida o papel como “agentes fundamentais” de uma democracia “mais plural, participativa e próxima dos cidadãos”.
João Campolargo, que foi até há poucas semanas presidente de Câmara em Ílhavo, agora com assento como vereador da oposição, lidera a ANMAI.
No rescaldo do congresso da ANMP afirma que os movimentos autárquicos independentes “reforçam influência na ANMP” e afirmam-se como “força política relevante no poder local”.
Esse reforço de representação nos órgãos sociais da ANMP está espelhado na estrutura liderada por Pedro Pimpão, Presidente da Câmara Municipal de Pombal, que lidera o conselho diretivo no mandato 2025–2029, onde figuram 14 autarcas eleitos em movimentos autárquicos independentes.
Entre os eleitos, destacam-se Flávio Massano, Presidente da Câmara Municipal de Manteigas, eleito Vice Presidente do Conselho Diretivo da ANMP; Vítor Marques, Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, eleito Presidente do Conselho Fiscal; a eleição de quatro autarcas independentes para o Conselho Geral (Isaltino Morais Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Maria Meira Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Manuel Marreiros Presidente da Câmara Municipal de Aljezur e Liliana Pimentel Presidente da Câmara Municipal de Condeixa) e a eleição de Helena Neves, Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, para a Mesa do Congresso da ANMP.
João Campolargo entende que é um reforço que traduz mudanças no “equilíbrio institucional da ANMP” e confirma o crescente peso político dos movimentos independentes no panorama autárquico nacional.
“Os movimentos autárquicos independentes deixaram de ser uma exceção no sistema político local. São hoje uma força com representação, responsabilidade e influência real. Esta presença reforçada na ANMP é o reconhecimento do trabalho sério desenvolvido nas autarquias e da confiança dos cidadãos em projetos políticos fora da lógica partidária tradicional.”
O Presidente da AMAI sublinha, ainda, que este resultado reflete uma evolução positiva na democracia local.
“Estamos perante um sinal claro de maturidade democrática. A sociedade civil organizada está a ocupar o seu espaço, a assumir responsabilidades e a contribuir para decisões estratégicas no poder local, com independência, proximidade e foco nos resultados”.