Ílhavo: "Achamos que já e tempo de João Campolargo deixar de lado a sua amargura, o seu ressentimento político" - PSD.

PSD e movimento independente “Unir para Fazer” em troca de acusações sobre a política fiscal do Município de Ílhavo para 2026

Depois do chumbo da oposição à subida da taxa de IMI, que mereceu crítica da nova maioria camarária, o executivo reuniu esta sexta para aprovar os benefícios fiscais associados ao Imposto Municipal sobre Imóveis e há redução nos benefícios associados ao IMI familiar.

O PSD começou a semana a criticar o voto contra do PS e do UpF salientando que o chumbo iria penalizar 3.202 agregados familiares.

“A irresponsabilidade da Oposição, nomeadamente a amargura e ressentimento do Unir para Fazer, colocam os mais pobres e vulneráveis a pagar mais IMI. De facto, é mais popular não aumentar impostos. Aliás, seria ótimo não haver impostos, mas uma governação responsável obriga a que algumas vezes se tome medidas menos populares, mas essenciais para a sustentabilidade dos projetos”.

A concelhia de Ílhavo do PSD fala em “populismo” e argumenta que a autarquia tem em mãos “um conjunto de obras essenciais, nomeadamente na área da Saúde, da Educação e da Habitação Social, financiadas em 85% pelo PRR e o resto pelo Orçamento Camarário” que implica uma fatura de 11 milhões de euros para os cofres da autarquia deixando claro que é aí que “reside atualmente o grande desafio”.

Os Social Democratas asseguram que a liderança da autarquia “não tem receio deste compromisso” e assume a questão como “problema muito preocupante” não apenas pela gestão financeira mas também pelo calendário apertado.

“Já não bastava o facto de a liderança anterior (UPF) não ter acautelado o tal financiamento que é da responsabilidade da Câmara Municipal de Ílhavo, surgem agora os atrasos nas execuções das obras, que contribuíram para que o atual Executivo fosse convocado pela CCDRC para uma reunião, onde este Organismo, preocupado, alertou o Município de Ílhavo estar muito atrasado na execução material das empreitadas”.

Quanto ao IMI Familiar a proposta previa deduções para famílias com dependentes (20€, 50€ e 70€ consoante o número de filhos), reduções de 10% ou 20% para imóveis com Certificação Energética A ou A+ e isenção total por dois anos para habitações recuperadas e colocadas no mercado de arrendamento acessível.

“As contas demonstram que um agregado familiar com 3 dependentes, num imóvel avaliado em 100 000€, caso a proposta chumbada tivesse sido aprovada, iria pagar 280€ em vez de 350€ e agora terá de pagar 300€". 

"O Partido Social Democrata considera a decisão da Oposição irresponsável, principalmente do Movimento UPF, e achamos que já e tempo de João Campolargo, deixar de lado a sua amargura, o seu ressentimento político, prejudicando os mais pobres, os mais vulneráveis, para já não falar naqueles que investiram em recuperações de habitação ou fizeram um esforço extraordinário para construir casas ambientalmente responsáveis”.

A concelhia Social Democrata conclui que que o executivo saberá encontrar soluções e admite o financiamento bancário como resposta.

“Relembramos que no passado, o PSD não bloqueou a gestão Autárquica. Foi responsável e colocou sempre os interesses dos Munícipes acima de qualquer estratégia partidária. Isso é inegável. Será que teremos assim uma Oposição? Ficará ela do lado do problema ou de uma vez por todas assume e integra o lado da solução? O futuro o dirá”.