Ílhavo: "Se a situação de ruído voltar a acontecer a unidade será forçada a suspender atendimento ao público" - Médico da USF Costa de Prata.

Um médico do centro de saúde de Ílhavo levou as preocupações dos profissionais à Assembleia Municipal de Ílhavo e avisa que se não houver mudança de rumo na gestão das obras há risco de interrupção para a atividade clínica.

O ruído surge como o primeiro fator de desestabilização mas há questões com a segurança de utentes e profissionais, com aumento de episódios em que a GNR foi chamada ao local, a exigir respostas das entidades gestoras.

Fábio Costa, médico de família na USF Costa de Prata, diz que este é um tema relevante a exige respostas das entidades com responsabilidade de gestão (com áudio)

João Campolargo anunciou uma visita ao local esta sexta ou na próxima segunda para analisar a gestão da empreitada e encontrar soluções para minimizar o problema.

O autarca admite surpresa positiva no ritmo dos trabalhos e revela que o cumprimento de prazos do PRR impõe essa pressão deixando apelo ao espírito de sacrifício.

Ainda assim admite que é conhecedor das queixas e que vai tentar encontrar respostas.

Desde logo com a colocação de módulos que irão permitir dar respostas a alguns dos temas levantados.

A contratação destes equipamentos tem sido dificultada pela elevada procura em todo o país (com áudio).

Questões como a segurança dos profissionais também mereceram referência na intervenção do clínico no período dedicado ao público.

Foram reportadas chamadas à GNR por ameaças físicas a médicos e invasão de gabinetes onde decorrem consultas.

A autarquia assume que há reunião agendada para 8 de maio onde se irá debater este tema.

O médico fala em motivo de “vergonha coletiva”.

Fábio Costa apelou à contratação de vigilantes ou seguranças.

Diz que por todas as unidades por onde passou encontrou sempre essa figura que pode ajudar a garantir alguma tranquilidade (com áudio)

O autarca de Ílhavo fez saber que a aquisição de serviços de segurança pode implicar uma despesa próximo dos 100 mil euros e não está enquadrada no protocolo de descentralização de competências.

João Campolargo quer saber se o próximo Governo acompanha o reforço de meios para garantir segurança.