O Partido Socialista de Ílhavo quer um desfecho para o processo da Casa do Gaveto (na foto) e acusa a maioria “Unir para Fazer” de fugir a temas incómodos.
Cerca 9 meses depois da deliberação que apontava para aquisição, por parte da autarquia, da casa da Inovadomus, no centro da cidade de Ílhavo não há, ainda, deliberação da Assembleia Municipal.
Este tema voltou à agenda política com o vereador do PS a exigir ou o debate em Assembleia Municipal ou a revogação da deliberação que passou com o voto de qualidade do presidente da Câmara e o chumbo do PSD.
Sérgio Lopes diz que tal como está não pode continuar com uma deliberação camarária guardada na gaveta (com áudio)
O pedido de explicações do vereador da oposição foi feito na última reunião pública.
Sérgio Lopes não entende o congelamento de uma deliberação camarária sem que a Assembleia Municipal dê o seu parecer.
A decisão tomada no dia 17 de Fevereiro autorizava a aquisição da casa da Associação Inovadomus por 275 mil euros.
O imóvel no centro da cidade de Ílhavo, junto ao cruzamento da avenida 25 de Abril com a antiga nacional 109, estaria na mira da autarquia para ali instalar um posto de atendimento turístico.
O PS notou falta de consistência na instrução do processo e o PSD votou contra salientando que no passado a proposta tinha sido recusada.
Agora, os partidos da oposição pedem contas. Querem saber em que ponto está o dossiê.
João Campolargo não vê motivo para pressas.
Diz que o negócio ainda não caiu e até pode ser concretizado, renegociando valores.
Caso não existam condições para seguir em frente compromete-se a revogar a decisão em reunião de Câmara.
Mas acredita que com a “instrução” bem feita até pode ganhar o apoio de PS e PSD (com áudio)
O debate em reunião de Câmara confrontou Campolargo com o que a oposição diz ser a “falta de resposta” a temas colocados no seio do executivo.
Sérgio Lopes nota falta de consistência da maioria em temas fraturantes.
Chamou a atenção para questões como o regulamento das piscinas que, segundo o Chega, deveria garantir inscrições diferenciadas para residentes e não residentes no Município.
O PS reclama uma clarificação por parte da autarquia por entender que a acontecer, não estará a ser cumprido o regulamento das piscinas.
“Pedi na reunião, de 6 de Outubro, esclarecimento sobre uma afirmação do deputado do Chega, em Assembleia Municipal, de que a Câmara havia criado duas fases de inscrições, uma primeira para residentes e uma segunda para não residentes, para saber se essa afirmação é verdadeira. Não respondeu. Disse que iria prestar todos os esclarecimentos hoje”. (com áudio)
Na resposta, João Campolargo remeteu para o regulamento municipal.
“Sobre as isenções tive o cuidado de ir ver como foi formalizado o programa e que está na web. Não chega essa clarificação?”, respondeu o autarca.