Os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista aprovam a dragagem de manutenção do Cais dos Pescadores da Costa Nova mas dizem que a operação chega com atraso e a maioria Social Democrata defende tratar-se de uma operação complementar à dragagem da ria.
No dia em que o executivo aprovou a abertura de concurso para a obra, os três vereadores eleitos pelo PS recordam um processo “demorado” “lamentando que uma iniciativa tão importante para a comunidade piscatória venha com pelo menos seis anos de atraso, desde o primeiro alerta veiculado pelo PS”.
Consideram que a dragagem e a manutenção do equipamento “são bem-vindas” mas “não apagam o abandono a que os pescadores da Costa Nova foram votados durante anos por parte da autarquia”.
Com a dragagem da zona do Cais, a autarquia cria condições para que os pescadores da Costa Nova possam exercer a sua atividade de forma “mais permanente e continuada”, minimizando os atuais constrangimentos que as alterações das marés e o assoreamento provocam.
A reclamação há algum tempo vinha fazendo parte dos pedidos dos pescadores que estavam condicionados nas saídas e entradas no cais.
Uma estrutura que, pela degradação destes equipamentos exige manutenção regular.
Eduardo Conde lembrou, em recente reunião de Câmara, que durante todos estes anos “foram muitas as vezes que os pescadores se queixaram de se verem impedidos de sair para a faina porque, apesar da ria navegável, no cais os barcos enterravam em lama”.
Esta e outras lacunas vão sendo colmatadas mas para o PS há sinal de “total negligência” da autarquia na manutenção daquela infraestrutura municipal, custando deste modo muito mais caro ao orçamento municipal e a quem usa aquele cais”.
Uma empreitada de 245 mil euros que procura complementar os trabalhos de desassoreamento em curso, a cargo da Polis, e que aprofundando o canal de navegação não resolvia os acessos e a zona de manobras no cais.
A autarquia justifica o calendário com a operação de financiamento.
"O procedimento do Concurso Público surge neste momento depois do projeto da obra ter sido elaborado, aprovado e devidamente licenciado, após ter sido finalizada a aprovação do financiamento dos Fundos Comunitários, no âmbito do POSEUR, e como complemento às dragagens que a Polis da Ria de Aveiro tem vindo a desenvolver, promovidas pela Agência Portuguesa do Ambiente - entidade responsável pela gestão da Ria".