Os Vereadores do Partido Socialista discordam da proposta apresentada pela maioria PSD que entrega nas mãos da Ordem dos Médicos Veterinários a emissão de cheques-veterinário destinados a animais adotados no canil municipal e animais de famílias carenciadas.
Consideram que aqueles atos médicos devem ser praticados pelo serviço veterinário municipal existente garantindo uma solução mais económica.
Os Vereadores do PS defenderam que os atos médicos referidos no protocolo, com especial incidência nas esterilizações, “devem ser assegurados pela médica veterinária municipal nas instalações do canil municipal ao invés de serem atribuídos cheques-veterinário a usar em clínicas veterinárias”.
Na base da discordância, está o facto de os autarcas socialistas entenderem que, correspondendo aquela proposta a uma “necessidade permanente” da autarquia, “não deve haver lugar a externalização do serviço”, até porque “o serviço veterinário municipal tem todas as condições para praticar aqueles atos e de forma bastante menos onerosa para o orçamento municipal”.
Os autarcas do PS estão convictos que o custo associado a este protocolo tem um impacto orçamental “bastante superior” àquele que teria se os atos médicos em causa fossem assegurados diretamente pela médica veterinária municipal.
Os Vereadores do PS frisaram ainda que a amplitude das medidas protocoladas - quanto aos animais elegíveis para beneficiarem das mesmas - “é bastante reduzida para que o concelho alcance níveis ótimos de capacidade de controlo da reprodução de animais, designadamente de animais errantes”.
O voto contra seguiu acompanhado de uma redcomendação sobre o “envolvimento da comunidade” no apoio à esterilização de animais domésticos e errantes e não apenas de animais adotados no canil e de famílias carenciadas.
Defenderam também que é cada vez mais premente o “aumento da intensidade das medidas de promoção da adoção de animais abandonados e propuseram a criação de um programa de famílias de acolhimento temporário para animais em processo de adoção, de forma a libertar vagas no Centro de Recolha de Animais”.