Pacote fiscal estável por mais um ano para evitar surpresas.
A Assembleia Municipal de Ílhavo deu "luz verde" à proposta do executivo que fixa o IMI em 0,33% e a derrama em 1,5%.
Pacote aprovado com votos da maioria "Unir para Fazer" e PSD (18 votos) e 6 abstenções do PS.
Ouviram-se reparos ao que a oposição entende ser a falta de ambição nas reduções.
O PS que defende há vários anos a taxa mínima considera que havia condições para ir mais longe.
Luís Leitão afirma que nem a "falta de experiência" do executivo ou a "falta de projetos" justificam essa prudência na governação (com áudio)
Pinto Reis, do movimento Unir para Fazer, clarificou o compromisso com o eleitorado.
Diz que a redução da carga fiscal está desenhada para ser avaliada ao longo do mandato.
"O compromisso assinado com a população foi reduzir durante o mandato os impostos para as taxas mínimas. Seria irrealista, irresponsável e imaturo fazê-lo este ano. Até porque não fomos nos que preparamos as estratégias. É necessário fazer redução da despesa. Onde iriam cortar os 400 mil euros que propõem cortar?" questiona o deputado.
Da bancada Social Democrata surgiu apoio à proposta em coerência com o que o partido defendia em funções executivas até setembro de 2021.
Flor Agostinho diz que a única crítica vai para a falta de ambição ao nível das grandes opções do Plano.
O vogal Social Democrata lembra que a receita fiscal ajuda a suportar os planos e não vê essa ambição para 2022 (com áudio)
João Campolargo, autarca de Ílhavo, assume uma visão “prudente” no momento em que perspetiva o reforço do quadro de pessoal, a valorização de recursos humanos e a descentralização de competências para além da necessidade de desenhar novos projetos que exigem esforço financeiro.
Razões que, segundo o presidente da Câmara de Ílhavo, merecem essa prudência, em particular quando o exercício atual mostra que os valores da descentralização não chegam para as necessidades (com áudio)