A maioria independente que governa a Câmara de Ílhavo conseguiu concordância dos partidos da oposição para viabilizar o aumento tarifário de resíduos.
O Município de Ílhavo assume 10% e os cidadãos asseguram parte significativa dos custos da operação.
Depois da polémica de anos anteriores, desta vez o entendimento procurou responder às posições assumidas pela oposição que tem vindo a reclamar políticas de incentivo à recolha seletiva.
O PSD optou pela abstenção e o PS, ausente na sessão, também estava preparado para deixar passar a medida.
Mesmo com os custos assumidos em 90% pelos cidadãos, João Campolargo admite que seria importante fazer o ajustamento de acordo com as diretivas da ERSAR.
O autarca de Ílhavo diz que o futuro não será simpático para o bolso dos munícipes que acabarão pagar o valor total da fatura da operação (com áudio)
A Entidade Reguladora (ERSAR) determina que devem ser os munícipes a pagar 100% dos custos como forma de reorientar a operação para privilegiar a recolha seletiva e outros hábitos que fomentem a redução dos resíduos em aterro.
Os partidos da oposição têm defendido a partilha de responsabilidades por considerarem que continua a faltar eficiência no sistema, através da redução do indiferenciado pela via da alteração dos métodos de recolha e campanhas de incentivo à mudança de hábitos.
Uma despesa que consideram “descontrolada” e que, segundo PS e PSD, não deve ficar apenas a cargo dos cidadãos.
Paulo Nunes, vereador Social Democrata, admite que os valores aprovados para 2025 resultam de uma aproximação de posições (com áudio)
Em 2024 os cidadãos assumiram 75% e a autarquia 25% e em 2025 a relação passa para 90/10.
Mariana Ramos, vereadora com o pelouro do ambiente, lembra que a ERSAR tem sido clara na imputação de custos aos munícipes como forma de os responsabilizar pela produção (com áudio)