A maioria Social democrata em Ílhavo reage às críticas do PS aos cortes nos apoios associativos e diz que se trata de um discurso demagógico que procura criar atrito com as associações.
Fernando Caçoilo entende que há “desonestidade política” quando se vota a favor do apoio às Associações de âmbito Social e se declara oposição ao apoio garantido às restantes Associações uma vez que os apoios estão indexados a planos de atividades que a pandemia travou.
“Não havendo atividades ou esvaziados, em grande parte, os respetivos Planos, fica, obviamente, condicionada a afetação de verbas para a sua execução. Ou os Vereadores do PS pretendiam apoiar uma ´coisa` que não se realiza?” questiona a maioria Social Democrata.
Lembra que parte das verbas acabou reafetada às Associações e que a quebra de 12,2% fica associada à redução da atividade regular.
Já as Associações de Solidariedade Social viram subir os apoios de 85 mil para 99 mil euros.
No somatório dos apoios, a autarquia lembra que faltam as verbas dos Contratos-Programa de Desenvolvimento Desportivo garantindo a capacitação das associações.
“Desta forma, os Acordos irão permitir a continuidade do importante papel do Associativismo no Município de Ílhavo e o normal apoio à realização de atividades regulares que ainda sejam desenvolvidas e promovidas”, justifica o autarca que vê na crítica política uma tentativa de criar um clima de tensão entre autarquia e associações.
Num discurso que procura minimizar eventuais efeitos negativos da redução, a autarquia explica que “sempre soube reconhecer e valorizar o papel social, cultural, desportivo e formativo das Associações e o trabalho que realizam na preservação da identidade histórica e patrimonial e para o desenvolvimento do Município”.
Além de reclamar méritos no reforço da sustentabilidade financeira da autarquia com posição de relevo (33º) no anuário dos financeiro dos municípios quando ao equilíbrio orçamental, o autarca defende que o histórico de apoio está documentado na injeção dos últimos meses.
“Foi a defesa e a valorização destes princípios que levou a Câmara Municipal de Ílhavo a reforçar o Fundo de Apoio Social em mais de 200.000 euros, em isentar taxas e impostos municipais às famílias, comércio e empresas, em atribuir subsídios pontuais perto dos 100.000 euros às Estruturas Residenciais para Idosos (Lares), à Santa Casa da Misericórdia e aos Bombeiros Voluntários de Ílhavo ou em investir em Equipamentos de Segurança e Proteção COVID-19 para Lares, profissionais de saúde do Centro de Saúde de Ílhavo, dos Bombeiros Voluntários e do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, em apoios no âmbito da ação social escolar (refeições, computadores e acesso à internet), num valor reafectado do Orçamento Municipal superior a 210.000 euros. Tudo isto, muito para além das suas responsabilidades, substituindo quase sempre as funções do Governo, por sinal do Partido Socialista”.