O Partido Socialista de Ílhavo volta à carga na questão do adiantamento de 230 mil euros ao empreiteiro da obra da rotunda da Barra para dizer que a autarquia “tapa o sol com a peneira” ao defender que a medida não tem consequências para o Município.
Reafirma que o adiantamento à empresa PaviAzeméis “surge da dificuldade financeira, comunicada pela própria empresa, em assumir os custos da contratação de subempreitada para colocação de estacaria devido a falta de liquidez e dificuldades de financiamento bancário”.
A concelhia socialista fala em “operação financeira de privilégio” para um empreiteiro entre muitos que executam projetos e recebem o pagamento depois da obra executada. “Dinheiro custa dinheiro, e este vai custar ao orçamento municipal”, salienta o PS.
A estrutura liderada por Sérgio Lopes afirma que este adiantamento não estava previsto no planeamento financeiro do projeto e, por isso, “não estava inscrito nas condições de candidatura à empreitada”, um concurso que não contou com mais empresas que optaram pela escusa a apresentar proposta no concurso público.
“Assinalamos com estranheza que uma Câmara completamente insensível às bolsas dos munícipes seja tão sensível às dificuldades financeiras do empreiteiro. Que seja tão expedita a adiantar dinheiro e a defender acérrima e publicamente quem deveria ter capacidade de executar um plano de obra que conta apenas com apenas 4 meses de execução”.
A concelhia socialista reafirma que a sua posição política não é lesiva do interesse público nem pretende ser “empecilho ao normal desenvolvimento daquela obra” mas procura ser fiel aos “princípios da gestão sã, prudente e equitativa”.
“As observações do PS, nesta como noutras matérias, nunca foram consideradas pela maioria PSD, portanto, a obra acontece ao ritmo que o empreiteiro quer e do avanço de dinheiro que a Câmara conceda”.