Começou na última noite em Ílhavo a sessão de Junho da Assembleia Municipal local que debateu, entre outros pontos, a atividade municipal e a prestação de contas de 2019 (aprovadas por maioria com a abstenção da bancada do PS e do PP e os votos favoráveis do BE e do PSD).
Os Deputados municipais ficaram separados com distância e segurança.
Todas as cautelas foram tomadas com o período antes da ordem do dia, no arranque da Assembleia ilhavense, a privilegiar um debate muito consensual sobre os impactos provocados pela pandemia, que, como se esperava, mereceu várias intervenções dos eleitos.
João Bernardo da bancada socialista elogiou todos os que estiveram na 'linha da frente' no Concelho de Ílhavo. “Acompanhei de perto este processo e sei que todos ultrapassaram em muito as suas responsabilidades formais. São merecedores do nosso agradecimento”, disse, vincando o trabalho realizado pela Câmara liderada por Fernando Caçoilo (PSD) que realizou até agora “um trabalho permanente, exemplar, de convergência, que juntou todos os 'agentes' no sentido de acompanhar o trabalho das diferentes instituições e apoiar em tudo o que precisavam".
"Elogio o Presidente da Câmara que fez mais do que a sua obrigação. Foi além daquilo que lhe era exigido”, vincou, lamentando o funcionamento da 'Escola de Acolhimento' de Ílhavo que “não recebeu os filhos dos que estavam na 'Linha da Frente'. Recusaram a recolher os filhos dos nossos trabalhadores”, acusou.
António Pinho do CDS-PP subscreveu as palavras de João Bernardo num período “difícil e marcante das nossas vidas”.
Criticou o Governo e as “grandes autarquias do País” porque permitem manifestações com centenas de pessoas nos grandes centros urbanos. “Estamos a bater o recorde mundial de manifestações de sindicatos num tão curto período de tempo”, referiu.
Ricardo Santos (BE) agradeceu a todos os que trabalharam na luta à Covid-19. “Mais do que nunca é imprescindível governar bem e em sintonia com estes tempos. É importante “fazer cidade”, assegurando uma sociedade mais justa e solidaria. Os nossos hábitos estão sujeitos a uma censura sanitária”, disse.
Fernando Caçoilo, líder autárquico falou de um período “muito complicado que alterou os nossos conceitos de vida”, sublinhou. Sobre o impacto financeiro da pandemia na estrutura da Câmara, frisou que as medidas de apoio às famílias, Associações e IPSS´s, até agora “fez com que a Câmara deixasse de receber mais de 170 mil euros. Sobre despesas de apoio à sociedade civil o valor ascendeu a 270 mil euros e não vamos ficar por aqui. Isto não nos preocupa, apenas queremos ajudar a resolver os problemas das pessoas e instituições”, disse.
(em actualização)