A Assembleia Municipal de Ílhavo, num formato mais reduzido, aprovou Plano de Atividades e Orçamento para 2019, com 13 votos a favor, da maioria Social Democrata, abstenção do PP e voto contra do deputado do Bloco de Esquerda.
Ausência da bancada socialista que abandonou os trabalhos, há uma semana, em protesto com a Mesa pela forma como se processa a reintegração do deputado Hugo Lacerda sujeita a votação da AMI.
O Orçamento para 2019 prevê um montante global de 27.4 milhões de euros, tendo as Grandes Opções do Plano (GOP) uma dotação total de 14.1 milhões.
A maioria destaca os rácios financeiros e a saúde financeira da autarquia. Fernando Caçoilo fala em orçamento de equilíbrio e rigor.
"Temos um Plano de rigor dentro da linha dos últimos anos. E do equilíbrio que sempre estimei. É importantíssimo", resume o autarca.
Para a bancada do PP mais importante do que os valores absolutos e a sua evolução é a procura do equilíbrio financeiro. António Pinho diz que as “grandes obras” do futuro passam pela gestão sustentável (com áudio)
Na lista de apostas prioritárias estão as redes de saneamento da Gafanha de Aquém e da Gafanha da Encarnação; Área de Acolhimento Empresarial da Gafanha de Aquém; 2.ª fase da Requalificação da Av. Fernão de Magalhães, na Praia da Barra; Requalificação do Pavilhão Desportivo e Polidesportivo da Gafanha do Carmo; Requalificação viária e a construção de passeios no Município;
A ligação da A17 à Zona Industrial das Ervosas, com o início do processo de aquisição de terrenos; o Plano de Ação para a Mobilidade Urbana Sustentável com alargamento da rede de vias cicláveis; o Plano de Ação de Regeneração Urbana com a reabilitação do antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, a requalificação de vários arruamentos (Rua Carlos Marnoto, Rua João Carlos Gomes, Bairro dos Pescadores, envolvente ao CIEMar) e o Plano de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas com intervenção na habitação social do Bebedouro são alguns dos pilares da intervenção autárquica para 2019.
O BE votou contra e o PS, ausente na sessão da assembleia, tinha votado contra em reunião de Câmara.
Ricardo Santos assumiu que há pontos, que cumpridos, respondem à agenda do BE mas outros que estão longe das necessidades da população. Dá o exemplo da educação e da mobilidade (com áudio)
Flor Agostinho, do PSD, faz a comparação da gestão autárquica e das suas restrições com a gestão do país.
O "realismo" da vida autárquica impôe um rigor que o deputado Social Democrata não vê no governo apoiado pela maioria Parlamentar de Esquerda que "promete" para depois "cativar" verbas sem cumprir com alguns "serviços básicos" (com áudio)