Greve nacional de médicos e enfermeiros condiciona acesso a serviços de saúde.

Médicos e enfermeiros cumprem dois dias de greve para exigir melhoria salarial e nas condições de trabalho e salariais.

O apelo é comum ao reforço do Serviço Nacional de Saúde com mais meios e valorização de carreiras.

Os serviços poderão ser afetados nos hospitais e centros de saúde.

Esta terça há manifestação dos médicos e na quarta realiza-se uma concentração de enfermeiros em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Os enfermeiros falam em sistema desvirtuado que não valoriza o conhecimento e a especialização.

Dão como exemplo o início da grelha salarial na categoria de Enfermeiro que, segundo os profissionais, “continua a não estar nivelado” com outros trabalhadores na área da saúde, incluindo os que não estão, ainda, aptos para decidir de forma autónoma.

Ainda, a sobreposição de posições remuneratórias entre as categorias de Enfermeiro e de Enfermeiro Especialista com “despromoção” de profissionais.

As organizações sindicais falam de um Ministério da Saúde “disfuncional, irracional e incompetente”.

Os médicos estão a ser aconselhados a entregar a “Declaração de Declinação de Responsabilidade Funcional”, sempre que sejam confrontados com o funcionamento anormal do serviço.

“Estas escusas de responsabilidade protegem médicos e utentes das consequências de uma governação desastrosa, onde a Ministra da Saúde Ana Paula Martins tem toda a responsabilidade”.