O ministro das Infraestruturas e Habitação anuncia que o Governo vai avançar para a realização de projetos para a construção da ligação ferroviária em velocidade alta entre Aveiro e Salamanca.
Declaração feita em Aveiro numa reunião de trabalho sobre o Transporte Ferroviário no Corredor Atlântico que juntou autarcas e empresários de Portugal e Espanha.
Miguel Pinto Luz diz que é hora de Portugal atualizar estudos e avançar para projetos.
“Em Portugal tardam muito os projetos. Fazem-se muitos estudos. Os estudos foram feitos nas últimas décadas. Temos estudos, vão ser atualizados. Partamos então para projetos para podermos estar na 'pole position', para quando existirem verbas necessárias e suficientes em Orçamento do Estado ou da Europa podermos implementar estes projetos como prioritários", disse Miguel Pinto Luz citado pela agência Lusa.
O encontro serviu ainda para reforçar a defesa da construção da ligação ferroviária entre Aveiro, Viseu, Guarda e Salamanca, com prolongamento até Madrid e França.
Ribau Esteves, autarca de Aveiro, diz que a velocidade alta, com circulação até 250 kms/h, serve o interesse nacional, deixando claro que há primazia para õ transporte de mercadorias.
"Como há na nossa operação, na nossa opção, uma dimensão de primazia para a circulação de mercadorias, não faz sentido termos velocidade superior a 250 quilómetros por hora para servirmos com utilidade para a região centro e com utilidade para o país a nossa ligação ferroviária com uma velocidade superior a essa".
Mais tarde, o Ministro confirmava na página pessoal que os estudos vão ajudar a definir o modelo.
“Reforcei a importância estratégica da construção da ligação de alto desempenho ferroviário no troço Aveiro–Viseu–Guarda–Salamanca, com prolongamento até Madrid e França, integrando Portugal na grande rede ferroviária europeia. Os estudos que incumbimos a IP de desenvolver irão esclarecer se a solução será em Alta Velocidade (>250km/h) ou em Velocidade Elevada (<250km/h). Como todos sabemos, as ligações ferroviárias luso-espanholas são ainda escassas e pouco eficientes. Por isso, é urgente transformar a Região Centro num verdadeiro eixo logístico, económico e turístico na Península Ibérica”.