O setor primário, aquele que representa os produtores florestais, "continua distante de uma organização tão eficaz quanto a que é apresentada pela industria do papel". A mensagem ficou expressa por vários intervenientes no debate sobre a "Reforma do Sector Florestal" promovido pela Associação Industrial do Distrito de Aveiro em parceria com o município de Albergaria-a-Velha. As organizações de produtores são a chave para esse avanço necessário que garanta a valorização produtiva, comercial e ambiental do setor. António Loureiro, Presidente da Câmara de Albergaria com uma vida ligada ao setor florestal, assume que esse "é o principal passo a dar para garantir um quadro sustentável para quem vive da floresta".
O presidente da Associação Industrial do Distrito de Aveiro assume que a iniciativa fica a dever-se à importância que o setor tem na região de Aveiro. Quer que o debate seja mais alargado e mais aprofundado. Fernando Paiva Castro pede, por isso, mais tempo de debate sobre a nova legislação. Solicitou ao Secretário de Estado que "estude a prorrogação do prazo para que a discussão pública possa ser mais participada e que as autarquias abrangidas pela floresta se envolvam nesse debate. Isto vai mexer com questões culturais, antigas, e as pessoas tem de assimilar isso", disse.
O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, disse em Albergaria que tem encontrado leituras díspares sobre a nova regulamentação da floresta. Cada setor "faz uma análise diferente". E falta uma capacidade de garantir uma visão mais integrada do setor. (com áudio)