A Câmara Municipal de Estarreja associou-se a entidades formadoras para criar um plano de formação profissional feito à medida das necessidades das empresas de Estarreja. O objetivo é "criar uma resposta ajustada, que por um lado pretende combater os baixos níveis de qualificação da população ativa e, por outro, fomentar a produtividade".
A autarquia apresentou na passada terça-feira o catálogo de formação especializada para a indústria de Estarreja, elaborado em parceria com a ATEC, associação de formação para a indústria, e do CATEC, Campo Tecnológico da Região de Aveiro.
De acordo com o cronograma definido, entre junho e dezembro deste ano, irão realizar-se mais de 50 cursos abrangendo as áreas de desenvolvimento pessoal e organizacional, lean, energia e sistemas de automação e mecânica industrial. O Centro de Negócios do Eco Parque Empresarial de Estarreja, onde se realizou a apresentação do catálogo, será o espaço que receberá as ações.
O “relevante tecido empresarial” do município e a “falta de mão de obra ajustada” foram fatores determinantes para a concretização deste “projeto diferenciador”, nas palavras do Presidente da Câmara Municipal, Diamantino Sabina. “A formação profissional, tão importante como a formação académica ou qualquer outra, é o parente pobre da formação em Portugal.” Não em Estarreja ao “promover a cooperação ativa com entidades com experiência comprovada na área”. “Com este catálogo pretendemos apetrechar da melhor forma os trabalhadores” e “continuar a criar condições que permitam às empresas aqui sediadas aumentar os seus níveis de produtividade e competitividade”, conclui Diamantino Sabina.
Depois de um “levantamento exaustivo” efetuado junto das empresas do concelho, “temos aqui uma oferta com vários níveis de especialização e, portanto, permite adaptar às necessidades” das empresas, adiantou o diretor geral da ATEC, com “soluções ajustadas aos vários grupos profissionais da empresa, quer se trate de formação para executivos, quer para os níveis técnicos ou operadores”.
“Hoje em dia, e desde que fizemos aqui primeira sessão há mais de 2 anos, tem havido uma evolução muito grande. A necessidade de competência e de pessoas com competências e qualificações nas empresas tem subido de forma muito significativa e a dificuldade em encontrar profissionais qualificados no mercado é cada vez maior”, sustenta. Este catálogo faculta a “resposta atempada às necessidades identificadas juntamente com as empresas”.
O diretor da AEVA, Jorge de Almeida Castro, reforçou a ideia do catálogo “desenhado à medida do que as empresas efetivamente precisam”. Por outro lado, “necessidades novas exigem novas soluções” e estas entidades souberam implementar “uma cultura diferente, de formação à medida, e sobretudo uma vontade muito grande instalada aqui no município”, que serve de exemplo a outras entidades e territórios.