O PS de Estarreja pede respostas sobre uma descarga no parque químico no passado dia 15 de Outubro.
Esta é uma questão que viria a merecer divulgação de imagens e comentários nas redes sociais.
A Bondalti emitiu um comunicado, logo no dia 16, a explicar que o fumo amarelo que saía da chaminé ficou a dever-se a “uma paragem de produção na fábrica de ácido nítrico do Complexo de Estarreja, que foi efetuada em segurança e no estrito cumprimento das melhores práticas industriais”.
Sublinha que a emissão foi “pontual e momentânea” e que, apesar do impacto visual, “não é nociva para a saúde pública ou para o ambiente”.
O PS estranha o silêncio da autarquia, da Proteção Civil, da CCDRC e da Agência Portuguesa do Ambiente que considera incompreensível.
Depois de uma reportagem televisiva da SIC sobre Estarreja, no dia 12 deste mês, ter apontado o município como um dos mais poluídos do país, esta é uma ocorrência que, para o PS, deveria merecer mais atenção.
“Muita gente precisa das indústrias por ser o seu emprego, mas todos precisamos de qualidade do ar, pelo simples facto de que respiramos”, resume o PS que pede respostas concretas.
“É preciso perceber o que se passa no concelho e o que está na origem dos dados captados pela estação da qualidade do ar, apesar desta nem sempre captar fugas que todos sentimos/vemos, devido às condições atmosféricas e/ou por não estar ativa”.
Em nota divulgada no dia 12 de Outubro, a autarquia de Estarreja salientava que as peças jornalísticas sobre a qualidade ambiental referiam-se a um Índice da OMS sem indicar o ano em que foi publicado e pedia uma análise mais abrangente dos poluentes e das zonas de influência salientando que Estarreja “cumpre os valores legalmente exigidos pela União Europeia”.
A autarquia recorreu, ainda, a dados da Universidade de Aveiro para argumentar que a qualidade do ar em Estarreja “tem vindo a melhorar sistematicamente nos últimos 17 anos”.