O presidente reeleito da concelhia de Aveiro do PS aproveitou a tomada de posse para declarar a vitória nas eleições autárquicas de 2021 como meta para o mandato que agora começa.
Sem falar de candidatos mas da candidatura, traçou metas e deixou críticas à gestão de Ribau Esteves.
Manuel Sousa diz que o trabalho em continuidade, a afirmação do socialismo em Aveiro e a relação com os aveirenses ajuda a fundamentar essa aposta na reconquista da Câmara Municipal.
“A Comissão Política do Partido Socialista é eleita num ambiente de clara disponibilidade de dizer a Aveiro: o PS está disponível para dar tudo pelos aveirenses. Não nos balcanizámos. Estamos juntos por Aveiro”.
Manuel Sousa afirma que trabalhar em continuidade é uma vantagem porque garante “memória da vida política” para manter uma agenda cívica, sobretudo em temas mais fraturantes.
Temas como os “transportes públicos”, a “falta de transportes a pedido” para os lugares fora dos circuitos concessionados; a concessão de lixo e a visão crítica pela falta de qualidade nos serviços, a qualidade do espaço público urbano, a carga fiscal, a manutenção de valores em dívida a troco de uma política eleitoralista, a falta de resposta a temas colocados pelos cidadãos, a falta de avaliação aos colaboradores do Município e a priorização de obras públicas são temas que o dirigente recordou esta tarde na tomada de posse e que imputa à gestão PSD/PP.
E aproveitou o momento para apontar o dedo a promessas eleitorais não cumpridas pela autarquia.
Citou a ligação Aveiro-Águeda, a requalificação do Centro Cultural de Aradas, a casa das Associações e as soluções apontadas para o espaço do ex-centro de saúde mental de S. Bernardo e a qualificação de Zonas Industriais.
Quanto à identidade socialista, o presidente reeleito falou das “diferentes abordagens sobre a cidadania e aprofundar questões sobre inclusão cultural, interculturalidade, igualdade” e realçou a “reflexão sobre a intervenção e a participação social e o exercício da cidadania” (com áudio).
“Damos destaque à participação, redes e movimentos sociais onde podem ser ativados processos de consulta à sociedade, laboratórios cívicos, diálogos colaborativos”.
Deixou palavra aos “movimentos sociais emergentes" e finalizou a intervenção com referência aos cidadãos para dizer que o exercício de poder se faz temporariamente por delegação dos munícipes em nome do “crescimento sustentável”.
Num discurso em que não houve referências a eventuais candidatos às autárquicas, Manuel Sousa optou por defender que a coesão e a auscultação dos cidadãos devem ser as apostas prioritárias.
Assumiu que a vitória eleitoral norteia o trabalho da sua equipa (com áudio).
“Ganhar é ganhar! Concretiza-se com mais PS, mais participação, mais cidadania, mais pessoas a assumir a liderança e protagonismo no desenvolvimento das estruturas, associações, entidades. Como é próprio no socialismo democrático, nas sociedades desenvolvidas, Aveiro tem de voltar à rua, às praças, aos centros dos lugares, a todos os lugares, aos vários espaços de concretizar dos seus próprios destinos, sem hesitações, sem amarras, sem medo. Este é o tempo de dar a Aveiro horizonte e esperança. É tempo de dar Aveiro liderança inclusiva, plural, atenta, que cuide de Aveiro e dos aveirenses”.
Jorge Sequeira, presidente da distrital do PS, revela confiança na equipa de Aveiro e acredita que o regresso ao poder em 2021 é possível (com áudio)