Os Deputados do Partido Socialista, eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro questionam o Ministro das Finanças sobre o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos no Distrito de Aveiro.
O encerramento de balcões em Avanca, no concelho de Estarreja; Rio Meão, no concelho de Santa Maria da Feira; Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira de Azeméis e Aveiro, com a sede da CGD destinada ao turismo, motivaram as questões dos deputados.
Dão nota de que se queixam as populações e autarcas de não terem sido ouvidos em tais processos, sendo-lhes desconhecidas as razões pelas quais serão esses, e não outros, os balcões a encerrar.
Referem que tem faltado diálogo e que nalguns casos a saídas da CGD representa o fim da presença do banco público em territórios onde era “alavanca de desenvolvimento local”.
Do Ministro das Finanças querem saber se o Governo tem conhecimento e confirma a intenção da CGD vir a encerrar balcões no distrito de Aveiro, nomeadamente em Avanca, Rio Meão, Nogueira do Cravo e Aveiro, e se podem tais encerramentos deixar de ocorrer sem que a CGD deixe de cumprir as condições estipuladas para a sua recapitalização ou o compromisso por si assumido.
Os Deputados interpelam ainda o Ministro no sentido de saber se a confirmarem-se tais encerramentos, que procedimentos se preveem para minorar o seu impacto junto das populações e dos atuais clientes do banco.
Filipe Neto Brandão, Rosa Maria Albernaz, Porfírio Silva e Carla Tavares assinalam que a opção de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, mantendo-a com capitais 100% públicos, tomada nesta legislatura revelou-se “essencial para a segurança das poupanças dos portugueses, a estabilização do sistema financeiro e a criação de melhores condições de financiamento da economia portuguesa”.
Acusam o Governo de Passos Coelho de tornar a recapitalização inevitável para “assegurar a subsistência do banco” e lembram que nas condições dessa operação estava a “revisão da rede de balcões com o encerramento de várias dezenas”.